O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o mais influente inimigo dos EUA na América Latina, deve continuar no poder por mais sete anos, a não ser que um golpe de Estado ou uma queda abrupta no preço do petróleo tire-o do governo.

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As previsões a respeito de um país instável como a Venezuela são sempre arriscadas. Mas analistas venezuelanos e estrangeiros consideram cada vez mais improvável um cenário no qual os partidos pró-Chávez percam as eleições legislativas, de 4 de dezembro, e que o dirigente não consiga se reeleger em 2006.

Nos primeiros e turbulentos seis anos no cargo, interrompidos brevemente por um golpe de Estado patrocinado por empresários, o ex-pára-quedista do Exército consolidou seu poder dentro da Venezuela e expandiu sua influência na América Latina, tornando-se um defensor de reformas sociais e um crítico constante dos EUA e de sua pregação pela abertura dos mercados.

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Chávez apimenta seus discursos com referências ao "Mr. Danger" (senhor perigo, apelido que deu a George W. Bush, presidente dos EUA), ao "império" (os EUA) e ao "gigante desesperado" (Bush e os EUA).

O governo americano, por outro lado, acusa o presidente da Venezuela de ser uma "influência negativa" e um homem de "afinidade questionável com os princípios democráticos."

A oposição venezuelana realizou grandes protestos antes e depois do fracassado golpe de 2002, mas foi derrotada em um referendo que confirmou a permanência de Chávez no poder, em 2004. Os opositores, agora, estão enfraquecidos e divididos, e limitam-se a criticar o governo.

A lista de reclamações contra o presidente inclui práticas antidemocráticas, nepotismo, erros administrativos, desperdício, intimidação, falta de transparência, politização das Forças Armadas e militarização das instituições civis.

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