Los Angeles (AFP/EFE) A execução à morte do condenado Michael Morales, 46 anos, marcada para a manhã de ontem, foi adiada no último momento depois que dois anestesistas se recusaram a aplicar um novo tipo de injeção letal no preso. A execução foi reprogramada para a noite de ontem, a poucas horas do fim do prazo para o cumprimento da ordem judicial que condena Morales à morte por delitos de estupro e assassinato de uma garota de 17 anos. Se a execução não tiver sido levada a cabo até a meia-noite, será preciso uma nova ordem do juiz, o que pode levar até dois meses. Até o fechamento desta edição Morales ainda não tinha sido executado.
Depois de dada a sentença, o juiz responsável pelo caso deixou nas atas do processo a observação de que Morales não deve ser condenado à morte devido à existência de uma testemunha de acusação suspeita (veja ao lado). Morales foi condenado pelo estupro e assassinato de Terri Winchell na cidade de Lodi, no norte da Califórnia.
Os médicos rejeitaram a ordem de um juiz de um tribunal federal que previa a ação dos anestesistas para evitar que o réu sofresse dor no caso da execução não ter sucesso e Morales recuperasse a consciência. Os médicos disseram ao diretor do presídio que "este tipo de intervenção não seria ética do ponto de vista médico e, portanto nos retiramos do procedimento. O que estão nos pedindo é inadmissível em termos éticos". Os anestesistas seguem assim os ditames da Associação Médica dos Estados Unidos, da Associação Médica da Califórnia e da Sociedade de Anestesistas dos EUA, grupos que expressaram sua oposição à participação dos anestesistas no processo. Por causa do incidente, autoridades penitenciárias disseram que optarão pela aplicação de uma única dose de um barbitúrico letal no lugar do coquetel de três produtos químicos que é utilizado habitualmente.
A ordem do juiz estabelece que pelo menos um anestesista tenha que estar presente na câmara de execução para comprovar que o réu está inconsciente antes que a mistura mortal que faz o coração parar de bater faça efeito.
A polêmica sobre o procedimento para a execução levantou novos protestos nos EUA, onde se duvida cada vez mais da ética deste tipo de punição. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger , negou dois pedidos para modificar a sentença para prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
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