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Ucrânia

Anistia Internacional acusa separatistas e forças de Kiev de execuções sumárias

Homem caminha por uma quadra danificada pelas bombas detonadas em recentes conflitos em Donetsk, no Leste da Ucrânia | REUTERS/Shamil Zhumatov
Homem caminha por uma quadra danificada pelas bombas detonadas em recentes conflitos em Donetsk, no Leste da Ucrânia (Foto: REUTERS/Shamil Zhumatov)

A Anistia Internacional acusou nesta segunda-feira (20) tanto as forças de Kiev quanto os separatistas pró-russos de execuções extrajudiciais e sumárias no Leste da Ucrânia. A ong disse em um relatório que encontrou evidências de assassinatos que podem ser atribuídos a ambas as partes, mas não nas proporções denunciadas pela mídia e autoridades russas.

"Não há dúvida de que tanto as forças separatistas pró-russas e quanto as forças de Kiev realizaram execuções sumárias no Leste da Ucrânia, mas é difícil ter uma ideia precisa das proporções", afirmou a Anistia.

A ONG investigou alegações de que existiriam covas coletivas com um total de cerca de 400 corpos na região de Donetsk, que esteve sob o controle de ambas as partes do conflito.

A Anistia confirmou que encontrou vários túmulos perto da cidade de Nizhnia Krinka, mas disse que Moscou exagerou na proporção do caso. Kiev classificou de provocações as acusações russas de assassinatos na localidade.

"A delegação encontrou fortes indícios que envolvem as forças controladas por Kiev em execuções extrajudiciais de quatro homens nesta área. Três deles não foram identificados, e o quarto era uma cidadão da localidade", disse a Anistia.

Ao examinar o cadáver exumado, foi confirmado que o homem tinha as mãos amarradas atrás das costas quando morreu, segundo o relatório. A vítima, de 21 anos, era um voluntário das forças da autoproclamada República Popular de Donetsk.

"Sua família disse que ele tinha sob sua responsabilidade um cativeiro, mas nunca participou ativamente dos combates", acrescentou a ONG.

O conflito no Leste da Ucrânia, iniciado em abril deste ano, já deixou mais de três mil mortos, segundo dados da ONU.

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