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A Anistia Internacional condenou, nesta sexta-feira, os ataques cometidos por Israel nos últimos dias contra imóveis civis e a infra-estrutura de Gaza. Em comunicado divulgado a partir de sua sede em Londres, a organização disse que a ofensiva "viola a norma internacional e pode ser considerada crime de guerra".

Na opinião de AI, a destruição "deliberada" de uma central elétrica, pontes e estradas em Gaza é uma violação da 4ª Convenção de Genebra, que se refere à proteção de civis em tempo de guerra. A Anistia calcula que a destruição terá conseqüências humanitárias a longo prazo para 1,5 milhão de pessoas na Faixa de Gaza.

"Medidas urgentes devem ser tomadas para remediar o dano causado no território palestino", diz o documento.

Além disso, a AI pede que o Governo de Tel Aviv "restaure imediatamente e assuma o custo da provisão de eletricidade e água à população palestina nas zonas afetadas".

Por outro lado, a organização condena o seqüestro de um soldado israelense por parte de grupos armados palestinos, grande detonante da atual crise no Oriente Médio.

"Esse ato transgride os princípios fundamentais da normativa internacional", ressalta a organização, que pede que o militar seja libertado "imediatamente e ileso".

A AI lembra que a comunidade internacional, "em virtude das Convenções de Genebra, tem a obrigação de agir". A atual crise no Oriente Médio começou quando militantes palestinos capturaram no domingo passado um soldado israelense.

Como resposta, o Exército israelense começou uma grande incursão militar em Gaza, na qual deteve ministros e outros representantes do Governo da Autoridade Nacional Palestina, liderado pelo movimento radical islâmico Hamas.

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