O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu nesta segunda-feira à Autoridade Palestina que aja com firmeza contra os atentados suicidas e anunciou que o quarteto de mediadores do Oriente Médio vai se reunir em maio.

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Horas após o atentado suicida palestino que matou nove pessoas e feriu 60 em Tel Aviv, Annan disse a jornalistas que vai presidir a reunião do Quarteto em Nova York, no dia 9 de maio, e que o encontro incluirá também "parceiros regionais" do Oriente Médio.

A Rússia anteriormente havia sugerido que Egito e Jordânia participassem.

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O Quarteto, hoje dividido, é formado por Estados Unidos, Rússia, União Européia e ONU. Seu objetivo é impor um plano de paz que leve à existência de dois Estados - judeu e palestino - que convivam pacificamente.

A Rússia promete ajuda de emergência ao governo palestino, hoje sob comando do grupo Hamas, enquanto os EUA e a UE suspenderam toda a assistência direta à Autoridade Palestina, exigindo que o Hamas abandone a violência e reconheça a existência de Israel.

A ONU aconselhou seus funcionários a evitarem encontros com ministros do Hamas, mas autorizou a manutenção da ajuda humanitária.

Annan disse a jornalistas que condena veementemente o atentado suicida e pediu ao Hamas que siga o exemplo do presidente palestino, o moderado Mahmoud Abbas, que criticou o ato. A facção Jihad Islâmica assumiu a autoria do ataque.

- Espero que o presidente Abbas leve a Autoridade a também assumir uma posição firme contra isso, e já pedi a ele que o faça - afirmou Annan.

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Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, disse que o ataque suicida foi "um resultado natural dos contínuos crimes israelenses contra o nosso povo".

- Nossa gente está em um estado de autodefesa e tem todo o direito de usar todos os meios para se defender - afirmou.

Annan disse que é importante que nenhuma das partes coloque a vida de civis em risco.

Na semana passada, Israel bombardeou áreas de Gaza usada por militantes para dispararem foguetes contra território israelense. Pelo menos 15 palestinos, a maioria combatentes, morreram nesses incidentes - o maior número de vítimas fatais desde que Israel abandonou unilateralmente a região, em setembro de 2005.

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