O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU)e da Liga Árabe Kofi Annan, pediu aos governos com influência que elevam a pressão para dissuadir do governo sírio para interromper a violência que aumenta no país, em meio aos poucos sinais de que a pressão internacional esteja tendo algum efeito em diminuir as lutas.
O governo do presidente Bashar Assad intensificou as investidas contra a oposição nos últimos dias, ignorando o plano de cessar-fogo delineado por Annan, a crescente pressão internacional e o aumento de sanções econômicas com o objetivo de conter a violência.
Nesta terça-feira, ao menos dez pessoas morreram quando forças sírias atacarem com morteiros a cidade de Deir el-Zor, no oeste do país, após um protesto contra o governo.
"É totalmente inaceitável e deve parar, é por isso que Annan convidou os governos com influência a aumentar a pressão para o maior nível possível, e usar de coerção, se necessário, para obrigar os lados a implementarem o plano de paz", disse o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, para jornalistas em Genebra.
Ele não especificou quais países teriam poder junto ao regime de Assad, mas Rússia, China e Irã são considerados os maiores e mais fortes aliados da Síria.
A principal coalizão de oposição convocou para quarta-feira a realização de "protestos pacíficos" contra a Rússia em todo o mundo.
Em comunicado emitido na noite de segunda-feira, o Conselho Nacional Sírio instigou os "sírios e os amigos do povo sírio pelo mundo a realizarem demonstrações pacíficas na quarta-feira, às 10h (horário de Brasília), em frente à embaixadas russas e escritórios diplomáticos, para expressar a profunda indignação com a posição oficial do país".
Desde o início do levante, Rússia e China tomaram partido do regime de Assad e têm repetidamente obstruindo o Conselho de Segurança da ONU nas medidas contra o governo sírio. As informações são da Associated Press e Dow Jones.