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Degelo

Antártica derrete mais rápido que imaginado, diz estudo

Polo antártico está derretendo em níveis maiores do que o esperado. Mais de 220 milhões de peesoas que vivem em regiões costeiras poderão sofrer | Alfred Wegener Institute / AFP Photo
Polo antártico está derretendo em níveis maiores do que o esperado. Mais de 220 milhões de peesoas que vivem em regiões costeiras poderão sofrer (Foto: Alfred Wegener Institute / AFP Photo)

A Antártica está derretendo a um ritmo mais rápido que se imaginava. O alerta é de um estudo realizado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), em colaboração com mais de mil especialistas sobre as regiões polares do planeta. A consequência será a elevação sem precedentes dos oceanos a níveis nem mesmo previstos pelo Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Mais de 200 milhões de pessoas que vivem em regiões costeiras poderão sofrer. Outro foco de preocupação é a de perda de gelo na Groenlândia e o derretimento das águas do Ártico.

O relatório, preparado no âmbito das comemorações do Ano Polar, concluiu que tanto o Polo Sul como o Norte estão sofrendo uma "acelerada e generalizada" perda de gelo. A parte ocidental da Antártica também sofreria com o aquecimento. Informações obtidas até recentemente apontavam que essa região estaria de certa forma isenta a mudanças climáticas. Cientistas estimavam que o gelo sobre o território da Antártica e Groenlândia não estavam sofrendo da mesma forma que o gelo na águas polares. Mas as constatações agora são de que esses blocos também estão sendo perdidos.

Para os cientistas, o resultado pode ser uma deterioração ainda maior do aquecimento global, já que o derretimento desse gelo polar pode liberar gases que estavam presos e intensificar os problemas climáticos. Colin Summerhayes, diretor executivo do Comitê Científico de Pesquisas sobre a Antártica, admitiu que não esperava que a conclusão fosse tão sombria. "O que vemos é que não é apenas a parcela de terra que chega até o sul da América do Sul que está sendo afetada", disse. O estudo foi realizado durante dois anos e envolveu mais de mil cientistas de 60 países.

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