O presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmou hoje que convocará uma reunião com ministros de Energia e Economia do G-20 nas próximas semanas. No encontro serão avaliadas as opções de geração de energia nos países, diante da crise no Japão. A reunião pode acontecer antes de um encontro programado para os dias 14 e 15 de abril em Washington, disseram autoridades.

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A ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, já havia anunciado mais cedo a convocação de uma reunião de representantes de bancos centrais e de ministros de Finanças dos países do G-7 para discutir como podem fornecer ajuda financeira e monetária para o Japão. Autoridades francesas disseram que o encontro do G-7 poderia acontecer antes do final da semana, por meio de teleconferência.

Sarkozy defende a utilização da energia atômica, mesmo após o alerta global decorrente do acidente em Fukushima, após o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão na sexta-feira. A França, disse Sarkozy, permanece comprometida com a energia nuclear, da qual depende para gerar dois terços de suas demandas de energia. Segundo ele, o país não pretende parar qualquer um de seus 58 reatores. Ainda assim, uma rigorosa checagem será feita em todas as usinas francesas.

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"A França fez uma escolha pela energia nuclear, a qual é fundamental para sua independência energética e para o combate à emissão de gases do efeito estufa. Estou convencido da pertinência de tal escolha", afirmou, em nota. "As lições do acidente em Fukushima serão extraídas, com uma completa revisão dos sistemas de segurança de nossas usinas nucleares. Este trabalho será divulgado publicamente", acrescentou.

O baixo custo de geração de energia por meio da energia nuclear fez da França um grande exportador de eletricidade. A França também tem desenvolvido ativamente tecnologia nuclear. A companhia estatal Areva pretende entregar no ano que vem uma terceira geração de reatores para a Finlândia. A França pretende estender os testes de checagem para todas as 143 usinas de energia nuclear que se situam nos 27 países da União Europeia, e possivelmente, em usinas além delas.

As autoridades francesas disseram que a reunião do G-7 deverá ter como foco o impacto na economia mundial do terremoto, do tsunami e dos incidentes nucleares do Japão, garantindo que a situação de liquidez e do mercado de câmbio do Japão não deve exigir apoio financeiro direto do G-7.