Seguindo-se a um anúncio do grupo ETA sobre o fim de uma trégua declarada em 2006, o líder do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, expressou na terça-feira sua determinação em trabalhar pela paz e disse estar confiante em recuperar um consenso com o Partido Popular, da oposição.
O grupo separatista basco afirmou em um comunicado que retomará "todas as frentes" a partir de 6 de junho, porque o governo respondeu à trégua, segundo ele, com "detenções, torturas e perseguições".
"Hoje o ETA tomou a mesma decisão que outras vezes no passado e...volta a equivocar-se", disse Zapatero. Ele ressaltou que o caminho da paz "só pode se iniciar...com a renúncia completa à violência".
Durante sua mensagem, Zapatero exaltou a força da sociedade espanhola e agradeceu o apoio recebido ultimamente dos grupos políticos.
"Tenho esperança de que, ante o anúncio do ETA, este respaldo dos grupos políticos seja unânime e me esforçarei para obtê-lo, porque é isso que quer a maioria dos espanhóis e é o que necessita a maioria de nosso povo", declarou, referindo-se ao Partido Popular.