Minutos antes de acessar a entrada do tribunal de Nova York, nesta terça-feira (22), onde continua a enfrentar seu primeiro julgamento criminal, o ex-presidente Donald Trump falou com a imprensa sobre os protestos contra Israel que acontecem nas universidades do país.
Segundo o republicano, as manifestações ocorrem por culpa do atual mandatário, Joe Biden, que permitiu o que ele chamou de "vergonha" para os Estados Unidos.
“O que está acontecendo no nível universitário e nas faculdades, Columbia, NYU e outras é uma vergonha”, afirmou Trump assim que chegou ao tribunal de Manhattan para um de seus julgamentos. “E é realmente uma questão do Biden. Ele tem dado o sinal errado sobre o conflito no Oriente Médio, ele está com o tom errado, tem usado as palavras erradas. Ele não sabe quem está apoiando. E está tudo uma bagunça", disse.
Trump se referiu aos manifestantes como “pessoas muito radicais que querem destruir as faculdades” americanas.
O ex-presidente relacionou os episódios à queixa de que seus apoiadores foram proibidos de protestar em frente ao tribunal de Nova York. “Temos mais presença policial aqui do que alguém já viu em quarteirões, você não pode chegar perto deste tribunal, enquanto não tem ninguém nas faculdades, onde realmente há pessoas muito radicais querendo destruir as universidades, isso é uma pena”, disse Trump.
Antes de retomar a oitiva das testemunhas e os argumentos dos advogados, o juiz Juan Merchan, que lidera o primeiro caso criminal do ex-presidente, realiza nesta manhã uma audiência para avaliar se Trump violou uma ordem de silêncio decretada pelo magistrado ao fazer publicações nas redes sociais atacando prováveis testemunhas.
Nas declarações iniciais desta segunda-feira (22), o Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan acusou o ex-presidente de participar de um esquema para interferir nas eleições de 2016, quando ele foi eleito. Entre as violações alegadas contra Trump está o pagamento sigiloso para a compra de silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniel, para não revelar uma relação extraconjugal que tiveram em 2006. A defesa do republicano negou as acusações e apelou por sua inocência no caso.
Trump enfrenta 34 acusações de falsificação de registros comerciais relacionadas ao pagamento secreto à ex-atriz de filmes adultos.
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