Presidente se reuniu com o colega venezuelano, Hugo Chávez| Foto: REUTERS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira (6), em Caracas, a união entre os países em desenvolvimento. Ao lado do colega venezuelano, Hugo Chávez, Lula participou da instalação da secretaria da Cúpula América do Sul-África.

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"O Norte já tem muito, e a relação Sul-Sul é o que vai poder garantir o desenvolvimento e que os povos dos nossos países tenham as mesmas oportunidades", disse. Lula afirmou acreditar que o compromisso do Brasil em fortificar as relações diplomáticas com países africanos e latino-americanos vai permanecer depois que ele deixar a Presidência.

"Vou deixar a Presidência do meu país em janeiro de 2011, mas tenho a convicção de que o Brasil, a partir de 2011, vai ter a mesma disposição para conquistar o grau dessa unidade que por muito tempo ficou esquecida."

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Ainda nesta sexta, Lula terá uma reunião de trabalho no Palácio de Miraflores, com Chávez, na qual os presidentes devem repassar o andamento dos projetos de cooperação binacional nos setores agrícola, financeiro e habitacional. Também deverá ser instalado um escritório do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) em Caracas. O acordo prevê a cooperação nas áreas de integração produtiva entre o sul da Venezuela e o norte do Brasil, entre outros projetos de desenvolvimento.

Lula chegou a Caracas na manhã desta sexta e embarca no mesmo dia para a capital colombiana, Bogotá. Ele vai ao jantar de despedida do presidente Álvaro Uribe. No sábado, Lula participa da posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos.

Um dos objetivos da viagem é discutir o conflito entre Venezuela e Colômbia. No entanto, de acordo com o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, Lula não vai apresentar propostas de solução ao impasse. "O presidente está disposto a ajudar no diálogo. O que o Brasil propõe é servir como ponto de fomento ao diálogo, mas a solução tem que ser tomada pelas partes", disse.

No dia 22 de julho, a Venezuela anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia depois que o país denunciou à Organização dos Estados Americanos (OEA) a suposta presença de guerrilheiros das Farc em território venezuelano.

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