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Uma explosão que partiu ao meio um navio da Marinha da Coreia do Sul pode ter sido causada por uma mina naval da época da Guerra da Coreia (1950-53), afirmou hoje Kim Tae-young, ministro da Defesa da Coreia do Sul.

Quarenta e seis marinheiros estão desaparecidos após o Cheonan, uma embarcação de 1.200 toneladas, naufragar na noite de sexta-feira no Mar Amarelo. O fato ocorreu perto da tensa e disputada fronteira marítima do país com a Coreia do Norte e foi um dos piores desastres marítimos sul-coreanos.

A área foi cenário de confrontos marítimos em 1999 e 2002 e também de uma troca de tiros em novembro. Mas funcionários em Seul dizem que até o momento não há evidências de que Pyongyang tenha atacado o Cheonan. Kim disse ao comitê de Defesa do Parlamento que não havia sinais de ataque com torpedo antes da explosão. Ele citou depoimentos de tripulantes resgatados que estavam operando o radar do navio. "É possível que uma mina naval norte-coreana tenha flutuado até nossa área", avaliou.

A Coreia do Norte utilizou cerca de 4 mil minas navais da União Soviética durante a guerra e posicionou 3 mil delas no Mar Amarelo e no Mar do Japão, afirmou o ministro. "Ainda que muitas minas tenham sido retiradas, deve ter sido impossível retirar todas", notou Kim. Uma mina naval foi encontrada em 1959 e outra em 1984, disse o ministro, mas uma busca intensiva da Coreia do Sul, em 2008, não encontrou nenhum indício desse armamento.

Kim afirmou ainda que os investigadores não descartaram a possibilidade de uma mina ter sido levada pela correnteza, após se desprender de suas amarras. "Ou nós temos que ver se a Coreia do Norte intencionalmente deixou a mina à deriva." A Coreia do Sul não instalou minas na costa oeste do país, segundo o ministro.

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