Partido de Rafael Correa havia pedido a impugnação da candidatura de Christian Zurita, que alegou que a assinatura de filiação a outro partido não é sua| Foto: EFE/Fernando Gimeno
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O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador anulou o suposto registro de Christian Zurita em um movimento político diferente do Construye, pelo qual apresentou a sua candidatura à presidência nas eleições do próximo domingo (20) como substituto de Fernando Villavicencio, assassinado na semana passada.

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Isso abre caminho para que Zurita efetivamente concorra no pleito presidencial do próximo fim de semana.

O fato foi confirmado nesta quarta-feira (16) pela presidente do CNE, Diana Atamaint, em entrevista coletiva na qual informou que o plenário da entidade se reunirá à noite para analisar o possível registro de Zurita para as eleições de 20 de agosto, mas já sinalizou que a decisão será positiva para o candidato.

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Nesta quarta-feira, o CNE anunciou que o movimento Revolução Cidadã (RC), liderado pelo ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), pediu a impugnação da candidatura de Zurita por este estar supostamente filiado a outro partido político, o que Zurita alegou ser um registro falso com uma assinatura que não é a sua.

“A organização política já foi informada do relatório que, efetivamente, aceita a nulidade desse registro no partido político. Isto liberaria o pré-candidato da impossibilidade de ser qualificado como candidato”, disse Atamaint.

Atamaint comentou que, para proceder com a nulidade, foi realizado um exame grafológico e a assinatura foi comparada com os arquivos de filiação do CNE e com o documento de identidade de Zurita.

Além disso, ratificou que, mesmo que a candidatura de Zurita não esteja em ordem até o próximo domingo, “todos os votos consignados para este partido político, para os cargos do binômio presidencial [presidente e vice], serão atribuídos ao novo candidato”.

Atamaint recordou que, nas eleições regionais de fevereiro, Omar Menéndez, candidato a prefeito da cidade de Puerto López, na província costeira de Manabí, foi assassinado seis horas antes do início da votação e, nas primeiras horas da manhã, a sua organização política apresentou o seu substituto.

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As eleições foram realizadas de acordo com a lei, com a fotografia do candidato assassinado na cédula de votação, e “os cidadãos nem sequer sabiam quem era a pessoa que o substituiria”, cuja candidatura foi confirmada 49 dias após as eleições, disse.

“Os resultados o fizeram vencedor [a título póstumo] e agora a pessoa, que é uma mulher, exerce o cargo de prefeita eleita”, relatou.

A presidente do CNE disse ter a certeza de que a candidatura de Zurita “será confirmada porque o relatório é claro, é convincente, é escrito por um perito, um grafólogo, e não há dúvidas de que a nulidade” pedida por Zurita será aceita.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]