O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, deve escolher o vice em sua chapa em algum momento desta semana, informaram veículos de comunicação americanos e europeus nesta segunda-feira (18).
A publicação americana Politico citou uma pessoa ligada à campanha do democrata para informar que a agenda de Obama para o fim desta semana está aberta, mas acrescentando que o anúncio poderia vir "o mais tardar no fim de semana".
O inglês Financial Times, citando dirigentes democratas, informou no domingo que a escolha deve ser feita até a quinta-feira.
O New York Times também publicou que a escolha é esperada para esta semana, com o senador por Delaware Joe Biden entre os favoritos.
A sete dias da abertura da convenção nacional do Partido Democrata em Denver, a escolha do vice permanece a primeira questão em aberto que Obama terá que responder.
Além do senador Biden, são cotados pela imprensa como possíveis escolhidos o senador por Indiana Evan Bayh e o governador da Virgínia, Tim Kaine.
A crise na Geórgia, um país aliado dos EUA, ressalta a necessidade de Obama escolher um companheiro de chapa com grande experiência em política externa, para fazer frente às credenciais do seu rival republicano John McCain, que é senador pelo quarto mandato consecutivo e ocupou cargos de destaque relacionados à política externa em comitês do Senado americano.
Biden disse que foi convidado a visitar a Geórgia pelo presidente do país do Cáucaso, Mikhail Saakashvili, cujas forças lançaram um ataque contra a província separatista da Ossétia do Sul em 7 de agosto, mas foram rechaçadas por um contra-ataque russo. A Rússia tomou o controle de grande parte da Geórgia, mas afirmou nesta segunda-feira que começará a retirar as tropas, de acordo com um pacto de cessar-fogo impulsionado pela União Européia.
McCain também não escolheu ainda quem será seu candidato a vice-presidente. A convenção republicana ocorrerá entre 1º e 4 de setembro.
Nesta segunda-feira, McCain visitou a convenção de veteranos de guerra em Orlando, na Flórida, onde disse à platéia que a vitória americana no Iraque está perto e alertou os americanos contra as políticas de Obama para o conflito. Obama se opôs à invasão e guerra do Iraque e disse que se eleito retirará as tropas americanas em 16 meses do país do Oriente Médio. McCain sempre apoiou a guerra.
"Não contente em prever o fracasso no Iraque, meu rival tentou legislar para o fracasso. Da minha parte, foi uma votação fácil. Como eu disse na época, seria menos pior perder as eleições do que perder a guerra," disse McCain, lembrando a votação para aprovar o envio do reforço de 30 mil soldados ao Iraque, votado em 2007.
"É difícil entender como o senador McCain pode proclamar ao mesmo tempo o apoio à soberania do governo do Iraque e ser contrário a um prazo para remover as nossas tropas de combate do país," disse Bill Burton, porta-voz da campanha de Obama. "John McCain pretende gastar US$ 10 bilhões por mês em uma guerra sem fim, enquanto Barack Obama pensa que nós devemos levar esse conflito a um final responsável e investir o dinheiro em nossas necessidades mais urgentes em casa."
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Em rota contra Musk, Lula amplia laços com a China e fecha acordo com concorrente da Starlink