O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em entrevista coletiva com o presidente americano, Joe Biden, na Casa Branca nesta quinta-feira (22)| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
Ouça este conteúdo

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, que está fazendo uma visita de Estado aos Estados Unidos, alegou que não existe perseguição religiosa no seu país.

CARREGANDO :)

Contrariando denúncias de organizações internacionais de que seu governo permite e até estimula a perseguição a muçulmanos e cristãos, por meio de leis discriminatórias, Modi sugeriu que nada precisava ser mudado na Índia quando questionado por um repórter sobre eventuais esforços para garantir a proteção de minorias religiosas e a liberdade de expressão.

“Nossa Constituição e nosso governo, nós provamos o que a democracia pode entregar. Quando digo entregar - casta, credo, religião, gênero -, não há espaço para qualquer discriminação [na Índia]”, disse Modi.

Publicidade

“Quando você fala de democracia, se não há valores humanos e não há humanidade, não há direitos humanos, então não é uma democracia”, acrescentou.

O presidente americano, Joe Biden, disse na coletiva que ele e o premiê indiano tiveram “um bom debate sobre valores democráticos”.

“Acredito que ambos acreditamos na dignidade de cada cidadão, e isso está no DNA dos americanos, e acredito que também está no DNA da Índia”, alegou o presidente.

Por trás da recepção de gala a Modi, está a intenção americana de afastar a Índia da Rússia, de quem os indianos aumentaram as importações de petróleo desde o início da guerra da Ucrânia (invasão que Nova Déli se recusa a condenar), e usar o agora mais populoso país do mundo como contraponto ao aumento da influência mundial da China.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Publicidade