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Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita às obras do porto Mariel, o presidente de Cuba, Raul Castro, lamentou a morte do dissidente cubano Orlando Zapata, ocorrida na terça-feira (23). Raul Castro disse que a morte de Zapata é resultado de uma relação com os Estados Unidos e lembrou que muitos cubanos foram mortos. Preso desde 2003, Zapata morreu após uma greve de fome de 85 dias por avanços na área de direitos humanos no país.

Questionado sobre as denúncias de entidade de direitos humanos, que atribuem responsabilidade ao governo cubano por estas mortes Raul castro afirmou: "Não existem torturados, não houve torturados, não houve execução. Isso acontece na base de Guantánamo." Segundo ele, os donos de jornais publicam apenas o que interessam.

Questionado sobre o episódio, Lula evitou fazer qualquer comentário. Ele disse que mais tarde poderia conversar com os jornalistas. No domingo, 50 presos políticos, membros de um grupo de 75 pessoas condenadas em 2003, pediram em carta que o presidente brasileiro intercedesse por eles durante sua visita. Porém, o assessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o governo não recebeu nenhuma carta com pedido de audiência de um representante dos presos políticos em Cuba.

Raul Castro e Lula retornam a Havana no início da tarde. Existe a expectativa - não confirmada nem pelas autoridades cubanas nem pelas brasileiras - de Lula se encontrar durante o almoço com Fidel Castro, ex-presidente da ilha caribenha.

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