O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta sexta-feira a disposição do Brasil em ajudar a reconstrução do Chile, país devastado por um forte terremoto e tsunamis em fevereiro.
A afirmação foi feita durante declaração conjunta com o presidente do Chile, Sebastián Piñera, que fez ao Brasil sua primeira viagem internacional como chefe de Estado.
Piñera, que assumiu o posto em março, prestou solidariedade às vítimas das chuvas no Rio de Janeiro, oferecendo cooperação nos esforços para socorrê-las. Ele também reafirmou o apoio chileno à demanda do Brasil por uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
"O compromisso do Brasil em ajudar o Chile a reerguer-se é concreto e incondicional", discursou Lula na sede do Itamaraty.
"O Chile viu centenas de vidas ceifadas e incontáveis prejuízos à sua infraestrutura. Neste momento de superação, o Brasil estará ao lado do Chile."
Piñera demonstrou otimismo com a ideia de o Brasil participar da reconstrução do país.
"Na reunião que tivemos ontem com os principais investidores, empresários e empreendedores em São Paulo pleiteei com muita força nosso convite para que a empresa, a ciência, a inovação e a capacidade de empreendimento do Brasil possam participar do processo de reconstrução das centenas de milhares de moradias, milhares de escolas e dezenas de hospitais, centenas de pontes, caminhos, portos, aeroportos que vamos ter que reconstruir", destacou o presidente chileno.
Já Lula colocou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à disposição das empresas brasileiras que participarem da reconstrução do país andino.
Comércio e investimentos
Os dois presidentes defenderam a assinatura de um acordo bilateral de promoções de investimentos, e Lula pediu que Chile e Brasil passem a realizar transações comerciais com moeda local. O Brasil já tem acordo semelhante com a Argentina.
Piñera, por outro lado, disse que o Brasil deveria utilizar o Chile para exportar produtos para mercados em que o país andino tem acesso privilegiado. O Chile tem 58 tratados de livre comércio com outros países e blocos econômicos.
Lula informou que visitará o Chile antes do fim de seu mandato, que termina no fim de dezembro.
Antes do encontro com Lula, o presidente chileno esteve reunido com a pré-candidata à sucessão presidencial pelo PT, Dilma Rousseff.
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