Ao menos 12 pessoas morreram nesta quinta-feira (22) baleadas pelas forças de segurança do regime de Bashar Al Assad em diversas províncias da Síria, onde se espera a chegada do primeiro grupo de observadores da Liga Árabe.

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Os opositores Comitês de Coordenação Local informaram que nove pessoas morreram na província central de Homs, duas em Idlib (norte) e uma em Deraa (sul). Essas três províncias são as principais fortificações da oposição ao regime de Assad.

Os Comitês explicaram que as autoridades estão atacando intensamente com armas automáticas, bombas e granadas o bairro de Bab Amro, na cidade de Homs, capital da província de mesmo nome, onde foram identificados quatro "mártires".

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Em Idlib, os carros blindados do Exército invadiram o povoado de Jan Shijun, onde foi possível ouvir explosões.

Os soldados também dispararam de forma indiscriminada na localidade de Maarat al-Numaan que fica na mesma província e faz fronteira com a Turquia, onde uma mesquita está cercada e granadas e bombas são lançadas, informaram os Comitês.

De acordo com o grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos, cinco pessoas, entre elas uma criança, foram atingidas por disparos das forças sírias nesse município.

Estas informações não puderam ser confirmadas oficialmente devido às restrições impostas pelas autoridades sírias aos jornalistas e às organizações internacionais.

O regime de Damasco espera nesta quinta a chegada do primeiro grupo de observadores da Liga Árabe à Síria, depois da assinatura do protocolo para a permissão na segunda-feira no Cairo, após duas semanas de impasse.

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A delegação de observadores é liderada pelo assistente da Secretaria-Geral da Liga Árabe, o egípcio Saif al Yazal, e inclui 12 juristas e especialistas em assuntos de segurança.

A agência de notícias oficial "Sana" publicou uma declaração do presidente da Comissão Suprema Eleitoral, Khalaf Azawi, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira sobre as eleições municipais de 12 de dezembro.

Azawi, que não detalhou os resultados da votação, destacou que as eleições transcorreram em um ambiente de "transparência, liberdade e democracia", apesar das difíceis condições pelas quais passa o país.