Ao menos 14 pessoas morreram em confrontos entre o exército da Nigéria e supostos radicais islâmicos da seita islâmica Boko Haram no estado de Yobe.
O porta-voz da Força de Ação Conjunta (JTF, na sigla em inglês) do exército nigeriano, Eli Lazarus - citado nesta terça-feira pelo jornal local "Leadership" -, relatou que os radicais usaram explosivos para explodir um banco, um posto telefônico e uma delegacia da cidade de Potiskum.
Entre os mortos após uma batalha que durou várias horas ontem estão um oficial de polícia e 13 insurgentes.
"Por volta das 2h locais de ontem (23h de domingo de Brasília), indivíduos armados, supostos terroristas do Boko Haram, atacaram o comando policial de Potiskum", afirmou Lazarus.
"Os homens da JTF reforçaram a polícia para repelir o ataque. Conseguimos matar 13 suspeitos. Três dos corpos foram recuperados pela JTF, enquanto os terroristas conseguiram levar os outros 10 corpos e escaparam se embrenhando pelo matagal", contou.
Embora nenhum grupo tenha reivindicado a autoria do ataque, a região (norte da Nigéria) e os alvos (Forças de Segurança e infraestrutura do Estado) coincidem com os habituais dos fundamentalistas islâmicos do Boko Haram.
O nome do grupo terrorista significa em língua local "a educação não islâmica é pecado", e seus membros lutariam para impor a lei islâmica no país, de maioria muçulmana no norte e preponderância cristã no sul.
Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais estão realizando ataques sangrentos que já causaram cerca de 1.400 mortes, segundo a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW), embora o exército da Nigéria afirme que as vítimas já são mais de 3 mil.
No entanto, a HRW, assim como a Anistia Internacional (AI) e outras organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, também denunciaram vários abusos por parte das Forças de Segurança da Nigéria.
Com cerca de 170 milhões de habitantes divididos em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais povoado da África, vive várias tensões por suas profundas diferenças políticas, econômicas, religiosas e territoriais.
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