Ao menos 45 migrantes morreram e outros 2 mil foram interceptados no Mediterrâneo nesta sexta-feira (27), informou a Guarda Costeira da Itália.
Desde o início da semana, mais de 14 mil pessoas foram resgatadas ou retiradas de embarcações improvisadas no mar por forças do país. O número é similar ao do mesmo período dos últimos dois anos.
Em uma das operações desta sexta-feira, 135 pessoas foram resgatadas de uma embarcação semi-submersa. Quarenta e cinco corpos foram recuperados e as autoridades ainda procuram por desaparecidos.
Marinha
Não se sabe quantos estavam inicialmente no barco. Muitos dos migrantes resgatados não vestiam coletes salva-vidas nem sabiam nadar.
Segundo as autoridades, o clima ameno e o mar calmo dessa época do ano faz com que aumente o número de pessoas que tentam chegar à Europa pelo mar.
Muitas delas partem da costa da Tunísia ou da Líbia, país que enfrenta uma guerra civil desde a queda do ditador Muammar Gaddafi e que ainda tenta restabelecer um governo legítimo, frente à expansão da facção terrorista Estado Islâmico.
Crise migratória
Só neste ano, cerca de 40 mil pessoas desembarcaram na costa italiana, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). O total em 2015 foi de 154 mil.
Os migrantes pagam centenas de dólares a atravessadores para cruzar o Mediterrâneo em barcos improvisados. Muitos deles são refugiados de guerras ou têm a esperança de conseguir uma vida melhor na Europa.
Segundo a OIM, no último mês, a maior parte dos migrantes que chegaram à Itália vinha de Nigéria, Gâmbia, Senegal, Guiné e Costa do Marfim.
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