Pelo menos cinco pessoas foram mortas na terça-feira em enfrentamentos entre partidários de Alassane Ouattara, que reivindica a presidência da Costa do Marfim, e as forças leais ao presidente em exercício Laurent Gbagbo. Um repórter da Reuters assistiu aos fatos.
País da África ocidental que é o maior produtor mundial de cacau, a Costa do Marfim está mergulhada em turbulência desde uma eleição presidencial contestada em novembro, que tanto Ouattara quanto Gbagbo afirmam ter vencido.
Testemunhas disseram que os choques começaram na manhã de terça-feira e duraram horas. As manifestações de protesto na Costa do Marfim, tanto em favor de Gbagbo como de seus adversários, às vezes são infiltradas por homens armados.
Após os protestos no bairro de Abobo, predominantemente pró-Ouattara, os corpos de dois manifestantes e três policiais ficaram estendidos nas ruas, enquanto centenas de policiais e militares patrulhavam a área com veículos blindados e metralhadoras.
Tiros esporádicos eram ouvidos em toda a área.
"Foram disparados tiros por toda parte durante horas", disse o estudante Ouattara Idrissa, 20 anos, morador de Abobo. "Não podíamos sair. Ficamos escondidos em casa e só agora estamos podendo sair."
De acordo com cifras da ONU, a violência desde a eleição já deixou mais de 200 mortos.
No mês passado houve protestos sangrentos e um tiroteio breve entre forças pró-Ouattara e pró-Gbagbo, mas desde então ocorreram poucas manifestações civis, em parte porque os partidários de Ouattara têm medo de serem mortos.
Os resultados da comissão eleitoral certificados pela ONU indicaram a vitória de Ouattara por oito pontos percentuais, mas o Conselho Constitucional, pró-Gbagbo, ignorou os resultados, alegando fraudes. A iniciativa do Conselho é rejeitada de modo quase unânime por líderes mundiais e organismos regionais, entre eles a União Africana.
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