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cúpula intercoreana

Ao receber Moon em Pyongyang, Kim diz que encontro com Trump estabilizou a região

Ditador Kim Jopng-un recebe o presidente sul-coreano Moon Jae-in em Pyongyang, nesta terça-feira (18) | Pyeongyang Press Corps/AFP
Ditador Kim Jopng-un recebe o presidente sul-coreano Moon Jae-in em Pyongyang, nesta terça-feira (18) (Foto: Pyeongyang Press Corps/AFP)

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, foi recebido pelo ditador Kim Jong-un e saudado por uma multidão nesta terça-feira (18), ao chegar à capital norte-coreana para a terceira cúpula de 2018 entre os dois países. Com muitos sorrisos, acenos e poses para fotos, os dois líderes buscaram demonstrar que estão trabalhando juntos para pacificar a península coreana.

Os dois homens se abraçaram três vezes, sorriram calorosamente e conversaram brevemente, enquanto suas esposas apertavam as mãos e conversavam. Uma banda militar tocou e centenas de convidados aplaudiram e acenaram freneticamente as bandeiras da Coreia do Norte e de uma unificada Península Coreana, além de buquês de flores. 

Os líderes então assistiram ao desfile de tropas norte-coreanas. Moon acenou e até apertou a mão de alguns na multidão, parecendo genuinamente comovidos pela recepção – mesmo que tudo estivesse sendo cuidadosamente encenado pelo regime mais repressivo do planeta.

Mais tarde, Moon e Kim atravessaram ruas da cidade em carro aberto, passando em meio a multidão que aplaudia e gritava “Unificação! Unificação!".

Ao iniciarem a primeira rodada de conversas, Kim conferiu à Moon o crédito pela realização da cúpula histórica entre ele e o presidente do dos EUA, Donald Trump, em junho deste ano. O ditador também mencionou que o encontro com Trump estabilizou a situação da segurança regional, segundo a imprensa sul-coreana.

A primeira rodada de conversas durou duas horas. Kim e Moon vão retomar a reunião na manhã de quarta-feira (19).

Esta é a primeira vez desde outubro de 2007, e apenas a terceira vez desde a divisão da península, que um líder sul-coreano visita a capital norte-coreana. Moon está tentando resolver o impasse entre Pyongyang e Washington sobre os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, tendo apostado sua própria reputação quanto à sinceridade de Kim em estar disposto a abrir mão de suas armas nucleares.

A primeira cúpula de Moon com Kim em abril desencadeou uma onda de otimismo na Coreia do Sul sobre as perspectivas de paz na península dividida, mas os bons sentimentos diminuíram à medida que o tamanho do desafio se tornou mais óbvio. Ao mesmo tempo, a popularidade de Moon caiu drasticamente, ainda que em grande parte devido ao aumento do desemprego e ao aumento dos preços dos imóveis em seu país.

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