Defendida pelo presidente Abdel Fattah al-Sisi como passo fundamental para a democracia no país, as eleições legislativas egípcias começaram neste domingo (18) com um baixo comparecimento às urnas e sem a participação da grande vencedora do pleito anterior: a Irmandade Muçulmana, tornada ilegal e com muitos de seus membros presos.

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Em um caminho contrário, nomes de políticos do regime do ditador Hosni Mubarak, deposto durante a Primavera Árabe, voltam às cédulas.

Para analistas, o baixo comparecimento nesta primeira fase da eleição é explicado, principalmente, pela decepção dos jovens eleitores, muitos deles revoltados com o controle que Sisi exerce sobre o país e descrentes em mudanças.

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Estas são as primeiras eleições desde que o Congresso foi dissolvido por ordem judicial em 2012 e, para observadores, a grande quantidade de candidatos apoiando o presidente levará ao fortalecimento do seu controle sobre o país. Sisi é um ex-general que em 2013 depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, após manifestações e confrontos nas ruas.

A eleição é composta por dois turnos, durante os quais os eleitores escolherão 596 deputados. Seu resultado só deve ser conhecido em dezembro.

“A maior participação é entre os mais velhos. Os jovens não estão votando”, observou o juiz Mohamed Ra’fat, no distrito de Dokki, no Cairo, acrescentando que o comparecimento foi de apenas 10% do previsto.