Líderes de países da Ásia e do Pacífico estão recuando da meta de cortar pela metade as emissões de gases do efeito estufa até 2050. Em vez disso, eles se comprometeriam a cortar as emissões "substancialmente" até 2050. É o que diz o último esboço da declaração de reunião de cúpula em Cingapura.
A reunião da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é o último grande encontro internacional com líderes importantes antes da cúpula sobre o clima das Nações Unidas em Copenhague, em três semanas.
As esperanças de que Copenhague propicie um novo acordo sobre o assunto são mínimas. As discussões sobre metas têm sido um dos principais obstáculos para as negociações.
O debate na Apec não faz parte das negociações das Nações Unidas, mas qualquer meta para a emissão de gases que os 21 países-membros adotarem será crucial, pois o grupo é responsável por cerca de 60 por cento dessa poluição.
"Copenhague está chegando," afirmou o premiê da Austrália, Kevin Rudd. "Mas, quando você reúne economias que representam uma grande parte do resultado final de uma negociação, essa é uma oportunidade que não pode ser perdida."
A China, o país que mais lança carbono na atmosfera, diz que não se comprometerá com metas, até que os países ricos aumentem as suas.
Neste sábado, a Coréia do Sul deu um ânimo às negociações das Nações Unidas, ao optar pela mais agressiva de três metas voluntárias, segundo uma fonte do governo disse à Reuters em Cingapura. A Coréia do Sul não segue o Protocolo de Kyoto.
Na sexta-feira, Estados Unidos e Japão concordaram em reduzir as suas emissões em 80 por cento até 2050.
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