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corrida pela casa branca

Apelo de Trump intriga analistas

Donald Trump: declarações polêmicas e crescimento inesperado | Brian Snyder / Reuters
Donald Trump: declarações polêmicas e crescimento inesperado (Foto: Brian Snyder / Reuters)

O que mais tem intrigado analistas da imprensa americana na pré-campanha presidencial dos Estados Unidos não é a explosão de personalidade de Donald Trump, o empresário bilionário, apresentador de TV e pré-candidato com maior intenção de votos no Partido Republicano. O que mais tem gerado questionamentos é o perfil do eleitor que o apoia, a despeito de seus insultos a oponentes e imigrantes latinos.

Certamente não se trata de uma amostragem completa, mas talvez traga alguma luz aos estrategistas eleitorais. Aos 92 anos, Baeda Corum resolveu se registrar para votar pela primeira vez na vida em 2016. Em sete décadas, nunca havia se encantado com um presidenciável. Até ouvir Trump discursar, disse à emissora Local 8 Now, do Tennessee.

“Ele tem uma mente boa e fala do jeito que acha que tem que ser”, afirmou. Os Estados Unidos, opina, são um bom país, “mas estão indo ladeira abaixo tão rápido que precisamos de alguém para consertar as coisas”.

Outros eleitores, talvez menos encantados que Corum, devem ter visto a compilação de dez horas que o site “Independent Journal Review” fez com cenas de Trump insultando pessoas. O magnata já anunciou que, se não for escolhido pelos republicanos, poderá lançar sua candidatura de forma independente. Na quinta-feira, Trump participou de um debate entre os pré-candidatos republicanos, promovido pela Fox News.

Fiorino, o destaque

A empresária Carly Fiorina foi o destaque no debate da “série B” entre os pré-candidatos republicanos mais mal colocados nas pesquisas, também transmitido na quinta-feira pela Fox News. Confiante, a ex-executiva-chefe da empresa de tecnologia HP (Hewlett-Packard) foi a autora da frase mais picante do encontro.

“Eu não recebi uma ligação do (ex-presidente) Bill Clinton antes de lançar minha candidatura. Alguém aqui recebeu?”, ironizou. “Talvez porque eu não tenha doado dinheiro para a Fundação Clinton e para campanha de sua mulher (Hillary) ao Senado”, disse ela. Hillary Clinton é a principal pré-candidata democrata à Presidência.

O ex-governador do Texas Rick Perry disse que “preferiria muito mais” ter Carly negociando o acordo nuclear com o Irã do que John Kerry, o atual secretário de Estado americano. Carly disse que, em seu primeiro dia na Casa Branca, se eleita, telefonará para o seu “amigo Bibi (Benjamin) Netanyahu”, primeiro-ministro de Israel, para “reassegurar” a aliança com os EUA.

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