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Apenas 76 agentes do governo Pinochet foram condenados

Ainda correm nos tribunais chilenos 350 processos por mortes, desaparecimentos e prisões ilegais no período da ditadura, envolvendo 700 militares e agentes civis do antigo regime de Augusto Pinochet - o que ajuda a explicar por que as feridas produzidas pela ditadura no país continuam abertas.

Um total de 76 agentes do governo Pinochet, de 1973 a 1990, foram condenados até maio deste ano por violações dos direitos humanos, e 67 deles permanecem presos, segundo um estudo da Universidade Diego Portales, divulgado no fim de semana. Dos nove agentes restantes, seis foram beneficiados por medidas judiciais que lhes permitiram cumprir as penas em liberdade, e outros três morreram.

O envolvido de mais alta patente é o general reformado do Exército Manuel Contreras Sepúlveda, condenado a 239 anos de prisão. Contreras foi chefe da Direção Nacional de Inteligência, a Dina, temido órgão responsável pela maior parte dos desaparecimentos e assassinatos de presos políticos.

Na ditadura, cerca de 3.200 pessoas morreram nas mãos de agentes do Estado, dos quais 1.192 figuram como desaparecidos. Outros 38 mil foram torturados ou presos por motivos políticos. O ditador chileno foi alvo de dezenas de processos por corrupção e pela morte e desparecimento de opositores, mas nunca foi, de fato, punido. Em 2000, livrou-se, por questões de saúde, de enfrentar um julgamento na Espanha por crimes de direitos humanos. Morreu em 2006, em prisão domiciliar no Chile, esperando o desfecho dos julgamentos.

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