A única saída para a crise política de Honduras é a volta ao poder do presidente deposto Manuel Zelaya, insistiu neste sábado um de seus principais assessores, poucos dias antes da chegada de uma missão da OEA com objetivo de recomeçar as estancadas negociações.
Carlos Reina, colaborador próximo de Zelaya, afirmou que o diálogo teria que estar baseado no "Acordo de San José", proposto pelo presidente de Costa Rica, Oscar Arias, que sugere a restituição do cargo a Zelaya.
Mas este acordo é rechaçado pelo presidente Roberto Micheletti.
"Se o regime aceita esta agenda, nós a aceitamos já e podemos iniciar imediatamente, na segunda ou na terça, o diálogo", disse neste sábado Reina à rádio local HRN, de dentro da embaixada do Brasil em Tegucigalpa.
Zelaya voltou ao país clandestinamente no dia 21 de setembro na tentativa de voltar ao poder e se refugiou na embaixada brasileira, que desde então está cercada por militares e policiais com ordens de prendê-lo.
Em um sinal de abertura para destravar a crise política iniciada com o golpe de Estado que tirou Zelaya do poder em 28 de junho, Micheletti disse na sexta-feira que conversou recentemente com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza.
"Esperamos que possamos ter a certeza de que o diálogo vai resolver o problema. Já nos reunimos com membros.
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