A ONG SOS Orinoco divulgou um comunicado que aponta que a Amazônia venezuelana continua sendo atingida pela atuação de mineradores ilegais, apesar da propaganda da ditadura de Nicolás Maduro, que alega que grandes ações de combate a esse crime estão sendo realizadas na região.
No ano passado, o general Domingo Hernández Larez, chefe operacional das Forças Armadas Venezuelanas, lançou a Operação Autana, com o suposto objetivo de fechar as minas ilegais no Parque Nacional Yapacana.
Segundo a ONG venezuelana, em mensagens nas redes sociais, Larez informou que nessas ações vários campos de mineração foram fechados e equipamentos foram confiscados, e mais de 10 mil mineiros, incluindo guerrilheiros colombianos, foram expulsos.
Porém, a SOS Orinoco disse que, apesar dos vários pedidos feitos pela ONG, o militar não forneceu localizações georreferenciadas das minas destruídas ou provas conclusivas da cessação da mineração no cerro de Yapacana até 25 de agosto.
Ao mesmo tempo, a SOS Orinoco identificou por meio de georreferenciamento 3.316 hectares de minas ilegais dentro do Parque Nacional Yapacana, e imagens de satélite confirmaram que ainda existem grandes áreas onde estas operações seguem ativas.
“Milhares de mineiros continuam a operar em Yapacana, agora, como apuramos, sob o controle total das Forças Armadas venezuelanas, e em alguns setores as Forças Armadas permitem que os povos indígenas continuem a mineração ilegal”, disse a ONG.
A SOS Orinoco informou que não recebeu informações sobre reação de grupos armados ilegais, e “a destruição de alguns poucos acampamentos e equipamentos levanta suspeitas de um possível pacto entre as guerrilhas e o exército venezuelano para criar a ilusão de sucesso enquanto a mineração persiste através de meios alternativos”.
Em fevereiro de 2016, o ditador Nicolás Maduro lançou na Amazônia venezuelana o projeto Arco Mineiro do Orinoco (AMO), onde está sendo estimulada a extração de ouro, cobre, diamantes e bauxita, entre outros minérios.
Por ironia, o ditador alegou à época que os objetivos eram, além de gerar riquezas para a combalida economia venezuelana, promover conservação ambiental e “derrotar as máfias que exploram e escravizam as comunidades mineiras”.
Porém, segundo ONGs, o projeto acelerou a devastação ambiental, a criminalidade e as violações aos direitos humanos na Amazônia venezuelana.
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