A Comissão Eleitoral Central da Ucrânia (CEC) declarou válidas as eleições legislativas realizadas neste domingo, apesar do boicote dos separatistas pró-Rússia, e disse que quase não ocorreram irregularidades durante a votação.
"Temos todos os argumentos a nosso favor para declarar que as eleições são válidas. Nem uma só força política dentro ou fora do país pode pôr em dúvida os resultados eleitorais", disse a vice-presidente da CEC, Janna Usenko-Chernaya, em entrevista coletiva.
Segundo os dados oficiais, pouco mais de 30% dos mais de 36 milhões de ucranianos chamados às urnas havia exercido seu direito ao voto às 16h (local, 11h de Brasília), a cinco horas do fechamento dos colégios.
O Bloco Petro Poroshenko, favorito à vitória, segundo as pesquisas, informou que as eleições transcorrem de maneira "limpa, transparente e democrática".
"Toda as tentativas de abortar a votação fracassaram. Em geral, as infrações foram duas vezes menores que nas legislativas de 2012", declarou o chefe de campanha do bloco governante, Vitaly Kovalchuk.
Kochalchuk afirmou que apenas 0,2% dos colégios eleitorais não abriram suas portas, todos eles situados na zona de conflito no leste do país.
Previamente, a CEC reconheceu que nas 17 circunscrições sob controle de Kiev nas regiões de Donetsk e Lugansk não todos os colégios abriram suas portas, devido à insegurança ou à ausência de delegados eleitorais.
"Das 21 circunscrições da região de Donetsk, em seis está garantida a votação em todos os colégios; em seis, só parcialmente, e em outros nove, é impossível", informou a comissão em comunicado.
Devido ao boicote dos separatistas pró-Rússia, menos da metade dos mais de 5 milhões de eleitores chamados às urnas nessas duas regiões poderão exercer seu direito ao voto.