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Os cerca de 150 brasileiros que vivem em Bangcoc, capital da Tailândia, estão bem apesar do caos que a cidade se tornou com enfrentamentos de manifestantes antigoverno (os camisas vermelhas) e o Exército tailandês nos últimos dias. Segundo o encarregado de negócios da embaixada brasileira em Bangcoc, Matias Vilhena, até o momento (19h locais, 9h no horário de Brasília) não havia registro de brasileiros feridos nem de pessoas presas em zonas de risco da capital.

A embaixada está fechada desde segunda-feira. Nesta quarta, dois funcionários que estavam em uma região muito atingida pelos confrontos foram retirados e realocados para a casa do embaixador, que neste momento está em Brasília. "Montamos um foco de trabalho na casa do embaixador, e, pelas dificuldades de locomoção, estamos trabalhando em nossas casas. A maior preocupação agora é com os brasileiros, mas estamos em constante contato com representantes da comunidade", disse Matias.

Segundo o diplomata, caso a situação continue crítica, os funcionários deverão tentar entrar na embaixada para resgatar alguns itens necessários para continuar o trabalho em casa.

Seis pessoas morreram e 58 ficaram feridas na operação do Exército tailandês para desalojar manifestantes oposicionistas nesta quarta-feira (18) em Bangcoc. O premiê tailandês, Abhisit Vejjajiva, decretou toque das 20h desta quarta até 6h de quinta, após grupos ligados aos camisas vermelhas terem incendiado o edifício da Bolsa de Valores de Bangcoc e atacado prédio do "Canal 3" da televisão estatal.

Os camisas vermelhas, a maioria de origem pobre, iniciaram o movimento em meados de março para exigir a renúncia do premiê e a convocação de eleições legislativas antecipadas. Eles consideram o governo ilegítimo e apoiam o ex-premiê Thaksin Shinawatra, que deixou o país após um golpe de Estado em 2006.

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