Quase 70% dos israelenses querem a renúncia de Olmert

A pesquisa ouviu 500 pessoas, após a divulgação do relatório sobre os erros cometidos pelo governo e pelas Forças Armadas durante a invasão do Líbano.

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O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou pedidos para renunciar vindos de sua ministra do Exterior e de outras autoridades nesta quarta-feira (2). Ele reconheceu que estava numa difícil posição, mas prometeu "consertar todos os erros".

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Dois dias após um inquérito oficial ter culpado Olmert por sérias falhas nas decisões na guerra do Líbano ano passado, a ministra do Exterior, Tzipi Livni, vice de Olmert, disse que o partido de centro Kadima precisava de nova liderança para restaurar a confiança da nação.

"Estou em uma posição pessoalmente desconfortável, mas não irei me esquivar de minha responsabilidade e consertarei todos os erros", disse Olmert a parlamentares do Kadima em uma reunião fechada, segundo um alto funcionário da administração, que não quis se identificar.

Livni, ex-agente de inteligência, disse que buscaria assumir a liderança do partido.

"Falei ao primeiro-ministro que acreditava que renunciar seria a coisa certa a fazer", disse Livni após encontro com Olmert. "Agora é a hora de restaurar a confiança pública no governo."

Em outra frente de pressão, o líder parlamentar do Kadima, Avigdor Yitzhaki, pediu que Olmert "haja com responsabilidade e renuncie". Ele renunciou ao próprio cargo em protesto durante um encontro do bloco parlamentar com Olmert.

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Sob as regras do Kadima, Olmert não pode ser forçado a sair. O único curso de ação é persuadi-lo a renunciar, disseram autoridades. O Parlamento pode forcá-lo com um voto de desconfiança, mas ainda não parece haver maioria para isso.

Desde o relatório preliminar da Comissão Winograd, divulgado na segunda-feira, Olmert tem resistido a pedidos de renúncia e a mídia israelense citou auxiliares do premiê dizendo que ele pode dispensar Livni e lutar para continuar no cargo, apesar de pesquisas de opinião terem mostrado que dois terços dos israelenses querem sua saída do governo.