Hong Kong registrou confrontos violentos neste domingo (19) pela segunda noite, aprofundando o impasse entre um governo com opções limitadas à mão e um movimento pró-democracia cada vez mais disposto a enfrentar a polícia.
A crise política mais grave desde que o Reino Unido devolveu a cidade à China em 1997 entrou na quarta semana sem nenhum sinal de que a situação será resolvida, embora exista uma reunião programada para a próxima terça-feira entre governo e líderes estudantis.
O governo central em Pequim já sinalizou por meio de seus representantes em Hong Kong que não está disposto a voltar atrás da decisão tomada em agosto que efetivamente nega a plena democracia que os manifestantes exigem para as eleições de 2017.
"A não ser que haja algum avanço muito significativo em duas horas de reunião na terça-feira, receio que nós veremos o impasse ficar pior e mais violento", disse à Reuters Sonny Lo, professor no Instituto de Ensino de Hong Kong.
"Talvez poderemos entrar em um novo e mais problemático estágio a partir de agora. Espero que o governo tenha resolvido algumas pendências e compromissos, porque tudo ficará mais difícil agora."
O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, nomeado e apoiado por Pequim, que até agora tem resistido a pedidos para deixar o cargo, disse que será necessário mais tempo para negociar o que ele acredita ser uma solução pacífica para o conflito.
"Para pensar em uma solução, para pôr um ponto final neste problema, precisamos de tempo. Precisamos de tempo para conversar com as pessoas, especialmente estes jovens estudantes", ele disse à emissora ATV, de Hong Kong. "O que eu quero é ver uma solução pacífica e significativa para o problema."
O contingente policial de Hong Kong, de mais de 28 mil homens, tem encontrado enormes dificuldades para conter o movimento jovem que, até agora, não tem dado sinal algum de retração após três semanas de conflitos.
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