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Apesar do desespero democrata, não será tão fácil substituir Joe Biden
Membros da campanha de Biden disseram que o desempenho do presidente no debate da CNN foi “péssimo”.| Foto: EFE/EPA/EDWARD M. PIO RODA

Após o desempenho ruim do presidente Joe Biden durante o debate da CNN, ocorrido nesta quinta-feira (27), diversas fontes da mídia americana começaram a veicular informações de que o Partido Democrata estaria considerando até mesmo retirá-lo da disputa e substituí-lo por outro candidato.

No entanto, este não seria um processo tão simples. De acordo com o jornal Politico, o regulamento do Comitê Nacional do Partido Democrata não possui um mecanismo direto que permita aos líderes da legenda retirar unilateralmente Biden da disputa.

Contudo, caso o partido esteja convencido dessa decisão, mesmo com a recusa de Biden em desistir, teria que iniciar um processo considerado pelo jornal como “aberto e imprevisível de escolha de um novo candidato”.

Este processo começaria na convenção dos democratas, programada para ocorrer no mês de agosto. Nesta convenção, o partido precisaria que a maioria dos 3.900 delegados, dos quais Biden recebeu o apoio de 95% durante as primárias, rejeitasse sua nomeação e escolhesse outro candidato, algo que poderia causar uma “tempestade” dentro da legenda. Esse processo é possível porque esses delegados não são obrigados a apoiar Biden, mas tradicionalmente seguem a escolha feita nas primárias.

Há também a chance dessa substituição ocorrer durante a campanha eleitoral, com Biden já escolhido como candidato pela convenção.

Neste cenário, o processo seria mais complexo e dependeria inteiramente da desistência voluntária do presidente americano. Caso ele aceitasse desistir, o comitê democrata, formado por 500 membros, poderia convocar uma reunião especial, onde, por maioria simples, nomearia os novos candidatos.

Sob essas condições, no entanto, os democratas teriam que enfrentar desafios constitucionais e discrepâncias nos boletins de voto, caso todo o processo ocorra muito próximo de novembro.

O Politico citou nomes como o da atual vice-presidente Kamala Harris e do governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, como fortes candidatos para uma eventual substituição do presidente nas eleições de novembro.

Houve também uma menção ao nome de J.B. Pritzker, governador democrata do estado de Illinois. Dentre esses, Harris é a que possui menos popularidade e apoio interno, embora, cita o Politico, em caso de desistência, Biden iria preferir endossar o nome de sua vice.

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