Apoiadores de Trump em Palm Beach saudaram o ex-presidente no trajeto até o aeroporto, onde embarcou no seu avião particular para Nova York| Foto: EFE/EPA/CRISTOBAL HERRERA-ULASHKEVICH
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump viajou nesta segunda-feira (3) de Palm Beach, no estado da Flórida, em meio ao apoio de mais de 200 simpatizantes, para Nova York, onde na terça (4) vai comparecer a uma audiência na Justiça para ouvir acusações referentes ao caso de suposto pagamento de suborno à atriz pornô Stormy Daniels.

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Trump embarcou às 13h (horário local; 14h de Brasília) a bordo de seu Boeing 757, que ficou estacionado por dias no Aeroporto Internacional de Palm Beach, cidade cerca de 120 quilômetros ao norte de Miami. Depois de viver em Nova York desde que nasceu, há 76 anos, até o período em que ocupou a Casa Branca, Trump fixou residência na Flórida em 2021, após o término de seu mandato de quatro anos.

Já às 10h (11h em Brasília), apoiadores de Trump se posicionavam em ambos os lados da rua do aeroporto exibindo faixas e cartazes, enquanto alguns motoristas que passavam buzinavam como sinal de apoio.

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“Vote Red or America is Dead” (“Vote Vermelho ou os EUA Morrerão”, em tradução livre) era a mensagem escrita em um cartaz carregado por um apoiador na ponte que liga a ilha de Palm Beach ao continente. O vermelho é a cor do partido de Trump, o Republicano.

Mais de 200 pessoas com cartazes e bandeiras dos EUA aplaudiram Trump, a bordo de um dos automóveis da caravana rumo ao aeroporto. Quando passaram pelos apoiadores de Trump, os veículos, todos pretos, exceto um branco, diminuíram a velocidade, mas não abriram as janelas, segundo pôde constatar a Agência EFE.

A organização Club 47 - que deve seu nome ao fato de Trump, 45º presidente dos EUA de 2017 a 2021, aspirar a um novo mandato nas eleições de 2024 – convocou esta manifestação “pacífica” no caminho para o aeroporto, a fim de que os simpatizantes pudessem se despedir do ex-presidente.

Segundo a CNN, o avião de Trump chegou a Nova York às 15h25 no horário local (16h25 no horário de Brasília).

Olhares voltados a Nova York

Trump deverá comparecer nesta terça-feira a uma audiência no tribunal de Nova York, onde o promotor Alvin Bragg lerá a acusação, aprovada por um grande júri de 23 integrantes, sobre um pagamento supostamente feito à atriz pornô Stormy Daniels em 2016 para impedi-la de falar, às vésperas das eleições daquele ano, que ele ganhou, sobre um caso que teria tido com o ex-presidente dez anos antes.

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De acordo com a acusação, o advogado Michael Cohen pagou US$ 130 mil à atriz em nome de Trump.

O político e magnata informou em sua rede social Truth que ficará hospedado na Trump Tower, sua antiga residência na Quinta Avenida, em Manhattan, onde há semanas tem acontecido um aumento da presença policial e onde foram instaladas grades de proteção em ambos os lados da via.

“Terça-feira de manhã eu irei, acredite ou não, ao tribunal”, escreveu Trump, que se tornou o primeiro ex-presidente na história do país a ser acusado criminalmente.

Em outra mensagem, Trump escreveu em letras maiúsculas e três pontos de exclamação “Interferência eleitoral”; antes, havia postado outras em que classificou o Ministério Público de Nova York como “corrupto”, novamente insistindo que é “impossível” para ele ter um julgamento justo, alfinetando o juiz que vai ler as acusações, Juan Manuel Merchan, a quem acusa de odiá-lo.

Na terça-feira, após sua audiência em Nova York, o ex-presidente retornará a Palm Beach, onde fará declarações em sua mansão em Mar-a-Lago.

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De acordo com uma pesquisa realizada pela empresa SSRS para a CNN, 62% dos americanos aprovam a acusação contra o ex-presidente Donald Trump, e três quartos dos entrevistados dizem que a política tem “alguma relação” com a decisão de acusar Trump.

Para 52% dos que pensam assim, a política desempenhou um papel “importante”.

A pesquisa apontou que as opiniões dos americanos estão divididas quando se trata de classificar as ações de Trump no caso Stormy Daniels.

Para 37%, o que ele supostamente fez foi ilegal. Para 33% foi antiético, mas não ilegal; 20% não sabem e 10% acreditam que ele não fez nada de errado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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