Apoiado por Trump falha na primeira tentativa de chegar à presidência da Câmara dos EUA

O deputado republicano Jim Jordan, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump (2017-2021), não conseguiu ser eleito presidente da Câmara dos Estados Unidos nesta terça-feira (17).

Jordan teve 200 votos no plenário, 17 a menos que o necessário para ocupar o cargo, porque 20 deputados republicanos não votaram nele. O líder da minoria democrata na casa, Hakeem Jeffries, teve todos os votos do seu partido na casa, 212.

Ao longo do dia, especulou-se que uma segunda votação seria realizada ainda nesta terça, mas ela foi adiada para quarta-feira (18).

O deputado Steve Scalise havia sido o mais votado na disputa interna do Partido Republicano para tentar a presidência da Câmara, mas desistiu porque percebeu que não teria votos suficientes para ser eleito – exatamente o problema que Jordan enfrenta agora.

No início do mês, a Câmara do Estados Unidos aprovou a destituição do republicano Kevin McCarthy como presidente da casa.

McCarthy foi sacado após um correligionário, Matt Gaetz, ter apresentado uma moção para retirá-lo da presidência da Câmara porque se revoltou com um acordo dele com os democratas para aprovar um financiamento emergencial de 45 dias para o governo americano.

McCarthy enfrentava resistência da ala mais conservadora do Partido Republicano desde o ano passado, quando o partido recuperou o controle da Câmara nas eleições de meio de mandato.

Em janeiro deste ano, foram necessárias 15 votações em cinco dias para ele conseguir o número mínimo de votos para chegar à presidência da Câmara.

Nas votações anteriores, deputados do Freedom Caucus, ala a qual Gaetz pertence, estavam destinando votos para outros indicados da legenda, impedindo que McCarthy chegasse à contagem necessária para vencer. A dificuldade de Jordan de ser eleito agora indica que as rachaduras dentro do Partido Republicano permanecem.

Depois da derrota na primeira votação, ele passou o dia conversando com correligionários reticentes para convencê-los a votar nele. “Estamos progredindo. Estou me sentindo bem com isso. Vamos continuar”, disse Jordan à CNN. “Tive ótimas conversas, ótimas discussões com nossos colegas.”