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Justiça

Apoiadores de grupo musical preso protestam diante de igreja em Moscou

Um manifestante é detido por forças de segurança durante o ato em apoio à banda punk Pussy Riot, em Moscou | Reuters/Evgeny Feldman/Novaya Gazeta
Um manifestante é detido por forças de segurança durante o ato em apoio à banda punk Pussy Riot, em Moscou (Foto: Reuters/Evgeny Feldman/Novaya Gazeta)

Guardas de segurança entraram em confronto com manifestantes mascarados que protestavam do lado de fora da principal catedral de Moscou nesta quarta-feira (15), em apoio às três integrantes da banda punk Pussy Riot, que estão sendo julgadas por fazerem um protesto irreverente na mesma igreja.

Testemunhas disseram que 18 manifestantes em balaclavas coloridas, iguais as usadas pelas integrantes da banda, subiram os degraus da Catedral do Cristo Salvador, de Moscou, e levantaram cartazes pretos com letras brancas com os dizeres "Abençoados sejam os misericordiosos".

Os seguranças agiram rapidamente para dispersar os manifestantes e trataram alguns com agressividade, informou o canal de TV pela Internet Dozhd. Apoiadores da banda disseram nas redes sociais que pelo menos duas pessoas foram detidas.

Um tribunal de Moscou irá emitir o veredicto na sexta-feira (17), após o julgamento das três mulheres que cantaram uma "oração punk" no altar da Cristo Salvador em fevereiro, pedindo para que a Virgem Maria livrasse a Rússia de Vladimir Putin, o então primeiro-ministro.

Promotores querem que o juiz condene Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alyokhina, de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 30, por vandalismo motivado por ódio religioso, com pena de três anos de prisão para cada uma.

As acusadas estão detidas desde logo depois de sua apresentação, que ofendeu muitas pessoas no país de maioria cristã ortodoxa. Os críticos do governo russo veem o julgamento como parte de uma repressão a dissidentes, à medida que Putin começa o seu novo mandato de seis anos como presidente.

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