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O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o primeiro-ministro de Singapura, Lawrence Wong.| Foto: Divulgação/Governo da Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo (2) que o apoio da China à Rússia prolongará a guerra na Ucrânia. A declaração foi dada pelo ucraniano em Singapura, onde acontece uma reunião de chefes de defesa de países do Pacífico e da Ásia, incluindo EUA e China. Zelensky apelou aos países da região que participem da cúpula de paz sobre a Ucrânia, que deve acontecer na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.

“Com o apoio da China à Rússia a guerra durará mais tempo. Isto é ruim para todo o mundo e para a política da China – que declara que apoia a integridade territorial e a soberania e declara-o oficialmente. Para eles não é bom”, disse Zelensky durante entrevista coletiva.

O líder ucraniano ressaltou que não foi procurado por representantes chineses em Singapura, apesar do interesse do lado ucraniano em mais diálogo. Zelensky também alertou que a Rússia tenta pressionar os países a não aderirem à próxima cúpula internacional de paz – com a ajuda da China.

“A Rússia está tentando perturbar a cúpula de paz e isso é verdade… (A Rússia) está agora viajando por muitos países do mundo, ameaçando-os com o bloqueio dos produtos agrícolas, dos produtos alimentares, dos produtos químicos… está simplesmente empurrando o outros países do mundo para que não estejam presentes na cúpula”, disse Zelensky após discursar na conferência de defesa. Sobre a China, o ucraniano disse ser “lamentável que um país tão grande, independente e poderoso como a China seja um instrumento nas mãos de Putin”.

De acordo com o governo suíço, cerca de 160 delegações foram convidadas para a cúpula de paz, entre elas os membros do G20, do G7 e dos Brics, além de países de outros continentes. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também deve participar do encontro. Já o ditador russo Vladimir Putin não foi convidado para a reunião. A China e o Brasil, mesmo convidados, não devem participar.

O país comunista controlado por Xi Jinping, embora se declare neutro no conflito, tem apoiado claramente os interesses russos, assim como o governo brasileiro. China e Brasil anunciaram recentemente um acordo para encontrar uma solução política e pacífica que interrompa a guerra da Rússia contra a Ucrânia, mas querem proteger os interesses da Rússia, que invadiu a Ucrânia há mais de dois anos e pretende anexar parte do país ao seu território.

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