Em um discurso pela manhã na quarta-feira, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, declarou o fim de um ataque terrorista de 19 horas contra o complexo de hotéis e escritórios na capital do país, Nairóbi. Segundo ele, 14 civis foram mortos, assim como todos os agressores, e 700 civis foram evacuados do prédio. Até pouco antes do anúncio, era possível ouvir tiros nos edifícios sitiados.
Um membro da equipe de um necrotério perto do hotel havia dito anteriormente ao Post que a instalação havia recebido 15 corpos. O pessoal do necrotério determinou que os mortos incluíam 11 quenianos, um americano e um britânico, mas que outros dois ainda não haviam sido identificados.
O Departamento de Estado dos EUA confirmou que um americano foi morto no ataque. Seu nome era Jason Spindler, executivo de negócios e CEO de uma empresa de consultoria que tem sua sede africana no complexo que foi atacado.
O ataque foi reivindicado pelo grupo militante somali al-Shabab, que tem vínculos com al-Qaeda. Em setembro de 2013, o grupo atacou o shopping center Westgate, a apenas 1,6 km de distância, no qual combatentes armados com armas automáticas mataram 67 pessoas.
Durante a tarde e a noite de terça-feira, centenas de hóspedes no hotel de luxo DusitD2 e funcionários do complexo de escritórios adjacentes se esconderam sob as mesas, trancaram-se em quartos ou correram para se proteger enquanto o ataque se desdobrava. O tiroteio foi audível durante toda a noite e pela manhã.
O ataque desta terça provou a capacidade do al-Shabab de realizar ataques fora da Somália, apesar de um aumento dramático nos ataques aéreos contra eles pela força aérea queniana e pelos militares americanos.
Nesta quarta-feira, os nairobianos saíram em grande número para doar sangue. A cidade recuperou o seu burburinho e congestionamento regulares, com cerca de 4 milhões de pessoas voltando ao trabalho.
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