O resgate de três filhotes de cachorro dos escombros do hotel devastado por uma avalanche no centro da Itália renovou nesta segunda-feira (23) as esperanças dos socorristas, enquanto o país se questionava se a catástrofe, que deixou 7 mortos e 22 desaparecidos, poderia ter sido evitada. Após cinco dias e quase 60 mil toneladas de neve, rochas e árvores retiradas do Hotel Rigopiano, as equipes de resgate ainda escavam o local com pás e serras elétricas em busca de sobreviventes. Recentemente, uma escavadora chegou à região.
“Este é um sinal de vida importante que nos dá esperança”, declarou o bombeiro Fabio Jerman, após o resgate dos três cãezinhos, filhotes da raça pastor maremano abruzês, cujos pais haviam sido encontrados ilesos na quinta-feira, a 4 km do hotel.
Em outro esforço para tentar encontrar sobreviventes, cinco dias após a tragédia, as equipes de resgate começaram a cavar novos espaços de acesso na neve. “Estamos lutando contra o tempo, estamos conscientes de que devemos ir rápido. Mas a operação ocorre em um contexto desfavorável”, reconheceu o porta-voz dos bombeiros, Luca Cari.
Poucas horas depois, os bombeiros anunciaram ter encontrado o cadáver de uma mulher dentro da estrutura soterrada, elevando a sete o número de vítimas fatais da tragédia.
Na sexta-feira, as equipes de resgate encontraram nove sobreviventes, que relataram as 48 horas no escuro, frio e silêncio, comendo a neve para saciar a sede.
Mas as buscas avançam lentamente, muitas vezes com as mãos por medo de deslizamentos de terra no interior do edifício que a avalanche atingiu com a força de 4.000 caminhões a toda velocidade, segundo estimativas.
Um radar especial foi instalado na montanha para tentar comunicar com antecedência qualquer nova avalanche.