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O pai de uma estudante no condado de Loudoun, no estado americano da Virgínia, acusa a superintendência local de escolas públicas de ter tentado acobertar um estupro cometido contra sua filha por um estudante “gênero-fluido” (pessoa que flui entre gêneros), que agora é investigado por outra agressão sexual.
Durante uma reunião do conselho escolar do condado de Loudoun, em junho, Scott Smith foi preso por suposta conduta desordeira; denunciado também por resistência à prisão, ele foi condenado a dez dias de detenção, sentença que depois foi suspensa, condicionada a um ano de bom comportamento.
Ao The Daily Wire, Smith relatou que se exaltou na reunião de junho porque a história de sua filha não foi levada a sério. No final de maio, a menina, que está no nono ano de uma escola na cidade de Ashburn, afirmou que foi estuprada por um menino vestindo saia que entrou no banheiro feminino.
Na reunião de junho, o superintendente das escolas públicas do condado de Loudoun, Scott Ziegler, teria declarado que “o estudante ou pessoa transgênero predador simplesmente não existe” e que não havia “nenhum registro de agressões (sexuais) que ocorreram nos banheiros” das escolas públicas do condado.
Smith também afirmou ao The Daily Wire que uma ativista progressista local disse na ocasião que não acreditava na história relatada por sua filha. “Se alguém tivesse se sentado e ouvido por 30 segundos o que Scott tinha a dizer, ficaria mortificado e com o coração partido”, apontou o advogado de Smith ao The Daily Wire.
O suspeito do estupro foi apreendido pela polícia dois meses depois. Recentemente, no início de outubro, um adolescente de 15 anos foi acusado de agressão sexual a uma colega dentro de uma sala de aula vazia em outra escola de Ashburn. Segundo o The Daily Wire, seria o mesmo estudante que estuprou a filha de Scott Smith e que teria sido transferido “discretamente” de escola. Não se sabe se foi tomada alguma medida disciplinar contra o estudante.
“Tem sido tão difícil manter a boca fechada e esperar que isso acabe. Foi a situação de maior impotência por que já passei”, desabafou Smith. “Eu não me importo se ele (estudante) é homossexual, heterossexual, bissexual, transexual. Ele é um predador sexual.”
De acordo com a Fox News, em agosto, o conselho escolar local aprovou uma política de direitos dos estudantes transgêneros, que exige que os professores chamem os alunos pelos nomes sociais com os quais se identificam e estipula reformas nos banheiros para torná-los mais privados.
Na última sexta-feira (15), o superintendente Scott Ziegler divulgou um comunicado no qual se desculpou por ter dito na reunião de junho que o condado não tinha registros de agressões sexuais ocorridas em seus banheiros – ele alegou que havia “entendido mal a pergunta” quando fez o comentário.
Ziegler também disse “lamentar não termos conseguido fornecer o ambiente seguro, acolhedor e afirmativo que aspiramos oferecer” e disse que o distrito “continuará a oferecer apoio aos alunos e a suas famílias”. Uma integrante do conselho escolar renunciou na sexta-feira, mas ainda não se sabe se sua saída está relacionada ao caso.
De acordo com a família de Scott Smith, o suspeito teve a data de comparecimento à Justiça remarcada para 25 de outubro, para que as duas acusações sejam abordadas no mesmo dia. A polícia não deu mais informações sobre os casos porque investigações envolvendo adolescentes têm sigilo decretado.