Os partidos políticos da Itália começaram a se movimentar neste domingo (9), após o primeiro-ministro Mario Monti informar no sábado que vai renunciar assim que o orçamento para 2013 for aprovado no Parlamento. Segundo analistas, a eleição pode ocorrer em fevereiro.
O anúncio de que Monti vai renunciar abalou a Itália e fez com que diversos partidos começassem a tentar recrutá-lo para que ele dispute as eleições. "Monti precisa continuar a guiar o país como primeiro-ministro", disse Gianfranco Fini, presidente da Câmara dos Deputados. Já Pier Ferdinando Casini, líder do partido de centro-direita União dos Democratas Cristãos (UCD, na sigla em inglês) afirmou que milhares de italianos estão dispostos a apoiar a liderança "racional e responsável de Monti".
Uma porta-voz de Monti não quis comentar essas declarações. O primeiro-ministro passou o domingo em Milão, andando pelo centro da cidade e assistindo a uma missa, mas se recusou a conversar com os repórteres. Muitas lideranças políticas culpam o Partido do Povo da Liberdade (PDL), do ex-premiê Silvio Berlusconi, por desestabilizar o governo tecnocrata de Monti. No sábado, Berlusconi disse que vai disputar novamente o cargo de primeiro-ministro.
Mas o PDL não aceitou as críticas. "Nós não vamos aceitar essas acusações de irresponsabilidade. Nós vamos continuar a mostrar nosso apreço por Monti ao votar a favor do orçamento de 2013", comentou o presidente do partido, Angelino Alfano. Agora Monti deve se reunir nos próximos dias com os líderes dos principais partidos políticos da Itália para pressionar por uma rápida aprovação do orçamento para o ano que vem. As informações são da Dow Jones.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura