O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, demitiu neste sábado (1.º) o ministro do Interior do país, Tadeo Rojas, e o chefe da Polícia Nacional, Crispulo Sotelo, após o assassinato de um jovem líder da oposição. Rodrigo Quintana, 25 anos, foi morto na sede de um grupo liberal de ativistas, local diferente do foco das manifestações, a sede do Congresso, onde dezenas foram presos após confrontos entre manifestantes e policiais. A manifestação era contra uma emenda constitucional que permite a reeleição do presidente do país.
Durante a madrugada de sábado, os manifestantes invadiram o primeiro andar do edifício público e incendiaram papéis e móveis. A polícia usou canhões de água e balas de borracha e os bombeiros conseguiram conter as chamas.
A Ponte da Amizade, na fronteira do Brasil e Paraguai, ligando as cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este, chegou a ficar fechada pelos manifestantes por cinco horas, mas foi reaberta às 3h da madrugada deste sábado, segundo a Polícia Rodoviária Federal do Paraná.
A medida que permite a reeleição foi aprovada por 25 dos 45 senadores do país. Os votos pelo sim vieram, principalmente, de membros do Partido Colorado. Opositores à reeleição, incluindo o presidente do Senado Roberto Acevedom, do Partido Liberal Radical Autêntico, alegam que o processo violou as regras do Senado e um recurso foi enviado à Suprema Corte.
Após a aprovação no Senado, a proposta vai para a Câmara dos Deputados, onde 44 dos 80 membros pertencem ao Partido Colorado. Se aprovado na Câmara, um referendo nacional pode ser agendado.
Fim do ano legislativo dispara corrida por votação de urgências na Câmara
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Frases da Semana: “Alexandre de Moraes é um grande parceiro”
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais