Um dia após as explosões na Maratona de Boston, a Polícia Federal do Rio afirmou nesta terça-feira (16) que fará "reavaliações de riscos" dos esquemas de segurança para a Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco, e dos grandes eventos esportivos que o país tem pela frente.

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O comando estadual da segurança dos grandes eventos da PF no Rio, no entanto, está "acéfalo". O delegado federal Victor César Carvalho dos Santos, nomeado em maio de 2012 para a presidência da Comissão Estadual de Segurança para Grandes Eventos da Superintendência Regional da corporação, pediu para sair do cargo em março. Até agora não há substituto.

No início do mês, a revista "Época" publicou reportagem mostrando que Santos é sócio de duas empresas da área de segurança privada, setor interessado na busca de contratos nos grandes eventos. A PF nega que a saída dele tenha ligação com a denúncia.

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Segundo a assessoria da PF no Rio, ele pediu para deixar o cargo por conta de mudanças no comando da superintendência. Fontes da PF disseram à reportagem que a delegada federal Helena de Rezende deve ser designada para a função, mas ainda não há confirmação oficial.

A PF do Rio diz que não vai se pronunciar no momento sobre as "reavaliações de riscos". A corporação afirmou apenas que vai conversar com a assessoria do Vaticano e de outras entidades envolvidas nos grandes eventos para traçar o plano.

A Jornada Mundial da Juventude acontece de 23 a 28 de julho e deve receber 2,5 milhões de peregrinos do mundo todo.Procurados pela reportagem, os organizadores dos três grandes eventos esportivos que o país receberá informaram que as explosões não alteraram o nível de alerta.

Segundo o comitê organizador da Copa das Confederações, em junho, e da Copa do Mundo de 2014, a atenção com a segurança já era "total".

Em nota, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos lamentou os ataques nos EUA: "O Rio 2016 oferece seus profundos sentimentos e condolências a todos os afetados por este incidente trágico.

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Segurança é sempre prioridade máxima para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e estamos trabalhando estreitamente com os nossos parceiros governamentais para entregar Jogos seguros em 2016".

De acordo com a organização da Olimpíada, "não há nada mais central para o projeto dos Jogos do que a segurança" e "a intensidade de atenção já é máxima".A diretoria de Segurança de Rio-2016 é comandada pelo delegado federal Luiz Fernando Corrêa, ex-secretário nacional de Segurança Pública.

Na semana passada, o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, a chefe da Polícia Civil, Martha Rocha, e o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, reuniram-se com a Corrêa para discutir o plano para os Jogos.