O ministro de Gerenciamento de Desastres de Bangladesh, Tapan Chowdhury, afirmou que recebeu ofertas de ajuda no valor de US$ 140 milhões (cerca de R$ 244 milhões) da comunidade internacional para a reconstrução do país depois da passagem do ciclone Sidr.
Depois de visitar algumas das áreas mais atingidas, Chowdhury disse que viu milhares de casas demolidas pela tempestade e grandes áreas rurais onde as lavouras foram devastadas.
Chowdhury acrescentou que as Forças Armadas de Bangladesh já conseguirem restabelecer as comunicações na maioria das áreas do país e a ajuda deve chegar logo.
Muitas comunidades na área sudoeste do país, a mais atingida, informaram que receberam pouca ajuda até agora.
O ministro afirmou que, no momento, a prioridade é entregar alimentos, água e materiais de construção para os mais atingidos pela tempestade.
Mas, no futuro, os fazendeiros irão receber ajuda para reconstruírem suas casas e também sementes e fertilizantes como parte de um programa mais extenso de ajuda.
Entre os maiores doadores está a Arábia Saudita, que afirmou que vai doar US$ 100 milhões (cerca de R$ 174 milhões). A Grã-Bretanha vai enviar US$ 5 milhões (R$ 8,7 milhões).
A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou que os Estados Unidos vão doar US$ 2 milhões (cerca de R$ 3,4 milhões).
Equipes de resgate levando ajuda médica e mantimentos começaram a chegar às áreas mais remotas de Bangladesh, segundo autoridades locais.
De acordo com Douglas Broderick, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP), agência que está coordenando as operações de resgate, todas as agências envolvidas estão agindo "de forma rápida e eficaz" para chegar aos locais atingidos pelo ciclone.
"Os esforços de ajuda estão apenas começando", disse Broderick à BBC, acrescentando que mais de um milhão de pessoas já receberam alimentos.
O Exército de Bangladesh afirma que mais de 3 mil pessoas teriam morrido. Um milhão de famílias foram afetadas pela passagem devastadora do ciclone e milhares ainda estão desaparecidos.
De acordo com a organização humanitária Crescente Vermelho (organização equivalente à Cruz Vermelha no Oriente), o número de mortos pode chegar a 10 mil.
A Cruz Vermelha Britânica afirmou que 500 mil casas foram destruídas e 845 mil foram afetadas.
O ciclone, que passou pela costa sul do país na quinta-feira com ventos de 240 km/h, destruiu ou danificou dezenas de milhares de casas, derrubou linhas de transmissão de eletricidade e acabou com plantações que eram vitais para a população.
Dezenas de milhares de sobreviventes estão desabrigados e lutam por comida e água potável.