Gaza (EFE) A Autoridade Palestina (AP) vai tentar impor a lei e a ordem nos territórios palestinos da Faixa de Gaza e Cisjordânia, disse o ministro do Interior, Nasser Yousef. No final de uma reunião com o presidente da AP, Mahmoud Abbas, que também teve a presença de líderes do Fatah e de altos cargos da polícia, Nasser Yousef defendeu que a lei tem que ser respeitada em todos os territórios palestinos.
A reunião ocorreu depois dos violentos confrontos entre as forças de segurança palestinas e militantes do movimento de resistência islâmica Hamas, na quinta-feira à noite e na sexta-feira, em Gaza, com a morte de dois palestinos e mais de 25 feridos. O Hamas afirma que foi obrigado a lançar mísseis de fabricação caseira contra povoações israelenses e assentamentos judaicos na Faixa de Gaza, em resposta à trégua que, segundo eles, foi violada pelo Exército israelense na Cisjordânia.
Devido à situação, Yousef declarou estado de emergência e ordenou que a polícia e o resto das forças de segurança impeçam os ataques dos rebeldes, dizendo que os mesmos prejudicavam os interesses palestinos.
"Continuaremos nossos esforços para controlar a situação e evitar que se derrube o consenso palestino. Nenhuma facção ou partido tem o direito de violar o consenso", disse Yousef em referência ao acordo sobre a trégua com Israel alcançado no Cairo. O ministro do Interior descartou renunciar ao cargo, como o Hamas pede.
Enquanto isso, na madrugada de ontem, helicópteros Apache de Israel dispararam vários mísseis contra alvos na Faixa de Gaza, informaram fontes de segurança e testemunhas palestinas. As fontes disseram que os mísseis foram disparados contra alvos desconhecidos em Gaza e no povoado de Khan Yunes, no sul da Faixa de Gaza. Não há o registro de vítimas.
O Exército israelense retomou na sexta-feira os ataques seletivos com mísseis contra militantes do grupo de resistência islâmico Hamas, matando quatro deles na Cidade de Gaza e dois na Cisjordânia.
A retomada dos ataques contra os militantes do Hamas foi tomada depois que estes intensificaram os atentados contra as cidades israelenses e os assentamentos judaicos na Faixa de Gaza.
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