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Protestos

Após crítica de ativistas, polícia justifica prisão de mais de 900 em Copenhague

O grande número de detidos durante os protestos climáticos deste sábado (13) em Copenhague fez com que parte deles tivesse que ficar durante horas sentados na rua algemados em pleno inverno europeu, admitiu a polícia local em nota publicada neste domingo. Foram 968 detenções, segundo o comunicado.

O movimento Climate Justice Action, um dos articuladores da manifestação, que foi preponderantemente pacífica, acusou a polícia de fazer prisões "indiscriminadamente".

Também em nota, o grupo afirmou que as detenções ocorreram em local e horário diferente dos incidentes registrados durante a marcha dos manifestantes do centro da cidade até o Bella Center, onde acontece a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

Centenas de pessoas ficaram algemadas e sentadas em fila na rua por horas. A Climate Justice Action informa que elas relataram ter passado por "desconforto físico severo" e que algumas, por não poderem sair do lugar, chegaram a urinar em si próprias enquanto esperavam.

A polícia argumenta que na decisão de fazer essas prisões pesou fortemente a intenção de impedir que a manifestação fosse "devastada por pessoas com outra agenda além da demonstração pacífica".

Ainda segundo as autoridades, além do confronto no trajeto da passeata, houve um outro incidente nas imediações do bairro de Christiania, onde um grupo de pessoas tentava incendiar quatro veículos, o que levou à prisão de mais 55.

Um porta-voz da polícia citado pela britânica BBC disse que a maioria dos detidos já foi liberada, mas que uma pequena parte seria formalmente acusada.

A reportagem do G1 esteve na noite do sábado, após o fim da manifestação, em um evento com manifestantes no bairro de Christiania, onde se falava da organização de novos protestos e "barricadas" em Copenhague durante a segunda semana da COP 15, que entra em sua reta final e deverá ter a presença de mais de cem chefes de estado.

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