Em meados de julho, diante de um clamor público sobre a situação dos moradores de rua de Nova York, o prefeito Bill de Blasio sugeriu que os moradores estavam errados.

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— Não está crescendo o número de sem-teto, graças a Deus — disse ele, à época.

Semanas mais tarde, De Blasio parece ter abandonado essa crença. O prefeito e sua equipe têm se debruçado sobre o problema, discutindo uma série de mudanças destinadas a conter a crise, em meio a manchetes negativas e números das pesquisas que mostraram a insatisfação com o gerenciamento do problema.

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Uma decisão importante será a escolha de um substituto para a vice-prefeita Lilliam Barrios-Paoli, que por 20 meses supervisionou a estratégia da cidade para os sem-teto. O Gabinete municipal anunciou a renúncia dela na semana passada.

A questão da falta de moradia tem se revelado particularmente incômoda para o prefeito — um campo minado municipal, após décadas de esforços públicos e do perigo político que pode rondar qualquer líder eleito se os moradores aumentarem a percepção de desordem nas ruas.

— Eu acho que há as duas coisas: uma percepção do aumento e um problema real — disse De Blasio, um democrata, não contestando a assertiva de que tinha crescido o número de moradores de rua.

Os críticos têm centrado fogo sobre o assunto. Em uma entrevista à WNBC-TV, na semana passada, o ex-prefeito Rudolph W. Giuliani, um republicano, sugeriu que os métodos do atual administrador não foram agressivos o suficiente.

— Você os remove, e você os remove, e você os remove — repetiu Giuliani: — Ou eles (os sem-teto) fazem o tratamento que precisam ou você os remove para fora da cidade.

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Em dezembro, um recorde de mais de 60 mil adultos e crianças estavam dormindo em abrigos, de acordo com o Departamento de Serviços de Sem-Teto. Na última segunda-feira, o número caiu para 56.731.

Embora a população de rua só recentemente ressurgiu como uma questão de debate público, a administração De Blasio há muito tenta várias políticas para combater o problema. Uma delas foi aumentar o número de moradias a preços acessíveis.

Duas semanas atrás, a cidade inaugurou apartamentos em Far Rockaway, no Queens, que o governo anunciou que iriam beneficiar idosos desabrigados. E a cidade aumentou os gastos com serviços para sem-teto em 12,4%, em cerca de US$ 1,17 bilhão no último ano fiscal, de acordo com a Secretaria de Orçamento.