O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou uma série de pessoas civis e militares por suposta tentativa de assassinato| Foto: EFE/ Rayner Peña R.
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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (25) que o acordo feito com a oposição sobre as eleições presidenciais deste ano foi "mortalmente ferido" após supostos planos descobertos pelo chavismo para assassiná-lo.

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“Os acordos de Barbados estão mortalmente feridos. Eu os declaro em terapia intensiva, os apunhalaram, os chutaram. Talvez possamos salvar esses acordos e avançar através do diálogo com grandes parcerias de consenso nacional, sem planos para me assassinar, para nos assassinar ou para encher o país de violência”, disse o líder do regime de Caracas, em menção aos documentos mediados pela Noruega que foram assinados por ele e pela oposição política em outubro do ano passado. O acordo estabeleceu que as eleições presidenciais venezuelanas deverão ser acompanhadas por observadores de missões técnicas da União Europeia (UE), da Organização das Nações Unidas (ONU) e de outras entidades internacionais.

Contudo, os últimos dias foram marcados por uma intensa perseguição do chavismo a opositores devido a um suposto plano de morte contra o ditador do país, que resultou na prisão de dezenas de militares e civis.

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O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, comunicou na quarta-feira (24) a expulsão de um total de 33 militares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) envolvidos em supostas conspirações contra o regime.

Ainda, a busca por opositores da ditadura resultou na prisão do coordenador de campanha da candidata presidencial María Corina Machado no estado de Yaracuy. Ele é o segundo dirigente do partido Vamos Venezuela, de Machado, a ser detido pelo regime comandado por Nicolás Maduro em menos de uma semana.

Horas antes, na terça-feira (23), Juan Freites, coordenador estadual do Vamos Venezuela no estado de Vargas e também chefe de campanha de Machado, foi levado por agentes da Direção Geral de Contrainteligência Militar da Venezuela (DGCIM) de sua casa. Ambos os políticos participariam de um evento em Caracas com a candidata, que venceu as primárias opositoras em outubro de 2023 com mais de 90% dos votos.

Ambas as prisões foram realizadas sem mandados judiciais e foram denunciadas por órgãos independente de direitos humanos da Venezuela.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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