Sarkozy: denúncia coincide com baixa popularidade (26% de aceitação)| Foto: Benoit Tessier/Reuters
Entenda o escândalo

O primeiro-ministro da França, François Fillon, rejeitou ontem especulações de uma mudança nos ministérios diante do escândalo causado pelas denúncias de doações ilegais para a campanha do presidente Nicolas Sarkozy, em 2007, que envolvem o ministro de Trabalho, Eric Woerth. Ao lado dos líderes das duas casas do Parlamento, Fillon disse aos legisladores da União do Movimento Popular (UMP, direita) que uma mudança no gabinete "não é prioridade".

CARREGANDO :)

O próprio Woerth estaria consciente das operações, a ponto de uma parte da fortuna de Bettencourt ser administrada, desde 2007, pela sua mulher. Ele negou ter recebido dinheiro ilegal de forma veemente. "Nunca recebi no plano político o mínimo euro que não fosse legal."

A oposição exige a renúncia de Woerth, que rejeita até o momento a pressão. Deputados socialistas defenderam ontem a criação de uma comissão parlamentar. Woerth foi ministro de Orçamento por três anos e agora está à frente do Ministério do Trabalho como peça-chave do governo, a cargo da reforma do sistema de aposentadorias, uma das mais polêmicas implementadas pelo presidente. Sarkozy criticou as alegações como uma campanha caluniosa para derrubá-lo, e seus aliados criticaram o portal que publicou as denúncias como "fascista".

Publicidade