O novo presidente do Equador, Daniel Noboa, durante a posse na Assembleia Nacional, em Quito, nesta quinta-feira (23)| Foto: EFE/ José Jácome
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“Hoje damos início ao novo Equador". Com essa afirmação, o jovem presidente eleito do país, Daniel Noboa, chegou ao Parlamento para tomar posse, nesta quinta-feira (23), e começar seu mandato, em substituição a Guillermo Lasso, que dissolveu a Assembleia Nacional em maio e antecipou eleições do Executivo e Legislativo, com a "morte cruzada", na tentativa de evitar a continuidade de seu processo de impeachment.

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O empresário, de 35 anos, foi empossado em Quito, nesta tarde, como o novo chefe de Estado, numa cerimônia de investidura realizada na Assembleia Nacional, onde participam autoridades de diferentes países da América Latina, incluindo o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin.

“Estamos prontos para este novo desafio, para trabalhar pelo bem-estar do país e restaurar a paz às famílias equatorianas”, afirmou o eleito em um momento da cerimônia.

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Noboa fez o juramento de empossamento diante de 1.200 convidados. Com isso, ele completará o mandato que Guillermo Lasso até 2025, quando novas eleições acontecem.

O presidente do Congresso, Henry Kronfle, ficou responsável por proclamar a posse e colocar a faixa presidencial no novo presidente, que é o mais jovem a ser eleito no Equador.

O então mandatário, Guillermo Lasso, que chegou quase uma hora atrasado para a cerimônia, deixou o Parlamento logo após a transferência dos poderes, ao lado de sua esposa.

No primeiro discurso após ser empossado, o empresário enfatizou que os problemas mais urgentes do país para resolver são a violência e a miséria. Com isso, ele afirmou que seu foco será dar oportunidades aos jovens para combater o desemprego e colocar em prática suas propostas para a segurança do Equador, que vive um momento de extrema violência, provocada pelo narcotráfico. “A tarefa é árdua e difícil e os dias são poucos. Vamos trabalhar e mãos à obra. Viva o Equador”, disse Noboa.

Em outubro, o político, que concorreu pela aliança Ação Democrática Nacional (ADN), venceu as eleições presidenciais contra Luisa Gonzalez, derrotando o correísmo com uma vantagem de 4,58 pontos percentuais.

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Noboa, empresário e ex-deputado, herdeiro de uma das famílias mais ricas do Equador, chega à cadeira presidencial à qual seu pai, o magnata do setor bananeiro Álvaro Noboa, que concorreu à presidência cinco vezes durante sua carreira política, não conseguiu se sentar.

Ele saiu vitorioso nas urnas com uma proposta focada na juventude e na criação de empregos e oportunidades, mas também no enfrentamento da crise de segurança no Equador ligada ao crime organizado.

O país vive seu pior período de violência, com aumento de 5,8 para 25,62 homicídios por 100 mil habitantes nos últimos cinco anos até o fim de 2022, o que representa a maior taxa desde que os registros começaram. Isso se deve ao aumento da atuação de máfias principalmente dedicadas ao tráfico de drogas, já que o Equador se tornou um centro para o tráfico global de cocaína.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]